Este artigo pretende explorar a experiência de escrita de uma monografia como Trabalho Final de Graduação (TFG) do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) no que concerne, mais especificamente, ao método da copesquisa. Nesse sentido, a postura metodológica implicou no desafio do enfrentamento de posicionamentos e papéis classicamente estruturados nas divisões orientadora-orientanda; ensino-pesquisaextensão; e pesquisadoras-objeto. Enfrentamento trazido pela escolha do tema do trabalho, que buscou compreender a luta do Movimento Salve Santa Tereza – em Belo Horizonte/Minas Gerais – no que concerne à articulação de novas formas de participação. Isso porque, por um lado, a professora-orientadora tem atuado como ativista do movimento e, portanto, neste caso, professora-orientadora-ativista. Ainda, se considerarmos a clássica divisão pesquisadorobjeto, ao ser ativista do movimento, a orientadora torna-se também sujeito-objeto a ser investigado. Essa situação desloca, por outro lado, a aluna-pesquisadora-orientanda para um campo onde ensino-pesquisa- extensão são indissociáveis, já que sua produção em termos de pesquisa torna-se também um “aprendizado com”, que produz material de luta para a própria causa do Salve Santa Tereza. Ainda, o desafio do TFG estende-se para este artigo na medida em que a escrita conjunta – orientadora-orientanda – evidencia não apenas o esforço compartilhado para a abordagem do tema, ou seja, um processo de coautoria, mas também a exploração de novas estruturas de narrativas que deem conta de explorar todo o processo.
Referências
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