O artigo parte da faísca lançada ao posicionar lado a lado os conceitos de círculo hermenêutico para Hans-Georg Gadamer e de corpo-vibrátil para Suely Rolnik. Ambos os conceitos apontam para uma crítica à ciência moderna. A este diálogo inicial acrescentamos o questionamento posto por Félix Guattari sobre quais intervenções poderiam conduzir processos de desterritorializações. Procuramos aproximar essa discussão do urbanismo e da arte urbana. Inicialmente, tratamos das táticas que agem internamente às estratégicas de ordenamento urbano em direção à criação de outras territorialidades. Em seguida, apresentamos três intervenções urbanas, escolhidas como provocadoras de encontro entre corpos e de outras formas de experienciar as cidades. Por fim, tais intervenções acabam por lançar a hipótese de que há no devir-criança uma potência para condução dos processos de desterritorialização e reterritorialização.