As tranças da chalá

Autores

  • Halyna Grimberg

DOI:

https://doi.org/10.17851/1982-3053.1.1.207-208

Palavras-chave:

Conto, Arquivo Maaravi

Resumo

Chalá é o que meu pai melhor fazia. O pão trançado, a massa leve em vaga doçura e uma pitada de sal, polvilhado com sementes de papoula. O forno era lento e antiquado na casa de Madureira. Fogão de má qualidade, barato e de segunda mão, herdado do irmão morto. Meu tio Luís faleceria três dias após nossa chegada ao Brasil, a convite seu. Era solteiro, iria morrendo de câncer, e a herança se perderia. Pouca coisa, mas era preciso deixar algo para alguém. A transmissão perpetuada, o fluxo de vida para além de cada um, para além dele, mísero e solitário judeu perdido nos trópicos.

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Biografia do Autor

Halyna Grimberg

Escritora e psicanalista no Rio de Janeiro. É autora de, entre outros títulos, Mameloshn: memória em carne viva, de 2004.

 

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Publicado

2007-10-30

Como Citar

Grimberg, H. (2007). As tranças da chalá. Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 1(1), 207–208. https://doi.org/10.17851/1982-3053.1.1.207-208