Memórias indecifráveis em Írizs: as orquídeas, de Noemi Jaffe

Autores

  • André de Souza Pinto

DOI:

https://doi.org/10.35699/1982-3053.2021.36537

Palavras-chave:

Noemi Jaffe, Exílio, Memória

Resumo

No romance Írisz: as orquídeas, de Noemi Jaffe, publicado em 2015, uma imigrante húngara que se muda para o Brasil, abandonando, nesse movimento, sua terra natal, sua mãe e um companheiro. Em São Paulo, no Jardim Botânico, a narradora dedica-se ao estudo das orquídeas, flores que serão metáfora dessa personagem flutuante e exilada, cujas raízes aéreas e parasitárias caracterizam o seu caráter errático. Além disso, aliado à mutabilidade da protagonista, que evita enraizar-se nos lugares, o seu estudo sobre as orquídeas traduz uma análise da língua, um traço que parece marcar a narrativa de Írisz. Desse modo, esta comunicação analisará, a partir das orquídeas, a ficcionalização de uma história familiar e a elaboração de memórias fragmentadas, dispersas e indecifráveis.

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Biografia do Autor

André de Souza Pinto

Doutorando em Literaturas Modernas e Contemporâneas pelo Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários da Universidade Federal de Minas.

Referências

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Publicado

2021-10-18

Como Citar

Pinto, A. de S. . (2021). Memórias indecifráveis em Írizs: as orquídeas, de Noemi Jaffe. Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 15(28), 20–25. https://doi.org/10.35699/1982-3053.2021.36537