Judaísmo na Amazônia, espaço fronteiriço da cultura e costumes Sefaraditas

Autores

  • Silvia Helena Benchimol-Barros Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.35699/1982-3053.2021.37016

Palavras-chave:

Tradução, Costumes, Espaço

Resumo

Este estudo aborda a realidade dos judeus sefaraditas na Amazônia brasileira sob a perspectiva da preservação dos costumes imanados da religião em nova ambiência, motivada pelo movimento diaspórico. Inserem-se nas análises, o conceito de tradução cultural e a noção de entre-lugar. Faz-se presente breve retrospectiva histórica dos deslocamentos populacionais provocadores das ressignificações decorrentes do processo de imigração e dos contatos interculturais. Como aportes teóricos, adota-se os estudos de Bhabha (1990, 2007); Derrida (2002); Buden e Nowotny (2009) sobre tradução e desconstrução; e Benchimol (1998) e Heller (2010) nos trabalhos sobre os judeus sefaraditas na Amazônia, entre outros. As reflexões resultantes nos levam à percepção de um dualismo que contrapõe essencialismo vs. hibridismo – evidentes, respectivamente nas práticas religiosas e nos costumes judaicos que se justificam pelos fatores motivadores: sobrevivência e resistência.

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Publicado

2021-12-30

Como Citar

Benchimol-Barros, S. H. . (2021). Judaísmo na Amazônia, espaço fronteiriço da cultura e costumes Sefaraditas . Arquivo Maaravi: Revista Digital De Estudos Judaicos Da UFMG, 15(29), 105–115. https://doi.org/10.35699/1982-3053.2021.37016