O Tratado da Imortalidade da Alma, de Mosseh Raphael de Aguilar
um legado da comunidade sefardita de Amsterdã do século XVII
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2024.51918Palavras-chave:
Mosseh Raphael de Aguilar, Comunidade Sefardita, Filologia Portuguesa, História da Língua PortuguesaResumo
A comunidade judaica de Amsterdã nos séculos XVII e XVIII era formada em grande parte por portugueses e seus descendentes, que falavam e escreviam em português. A biblioteca Ets Haim, também em Amsterdã, mantém em seu acervo vários textos dessa comunidade e um deles é o Tratado da Imortalidade da Alma, do rabino Mosseh Raphael de Aguilar, em dois testemunhos. O estudo da tradição desse documento pretende fornecer, a filólogos, linguistas, pesquisadores de estudos judaicos e historiadores, importante material de análise e interpretação a respeito da língua portuguesa e de uma comunidade multicultural, como a de Amsterdã. A escolha dessa obra foi feita com o propósito de ampliar o conhecimento que se tem das características e da evolução da língua portuguesa na comunidade judaica em questão, além de inseri-la na tradição dos estudos históricos do português, os quais
normalmente não mencionam o uso dessa língua fora dos territórios de Portugal, Brasil e demais colônias portuguesas.
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