Identidades Flutuantes
a família Rodrigues de Leão (Portugal, França e Brasil, séculos XVI-XVIII)
DOI:
https://doi.org/10.35699/1982-3053.2025.58544Palavras-chave:
Cristão-novo, Inquisição, JudaísmoResumo
À família Rodrigues de Leão pertenceram personagens típicos da diáspora judaica, cristãos-novos cujas vidas foram moldadas pela necessidade de conviver em uma sociedade intolerante. Seus membros percorreram diversos estados identitários, passando de cristãos-novos a judeus, novamente a cristãos-novos e alguns retornando ao judaísmo. No século XVII, deixaram Portugal como conversos e ao se estabelecerem na França, adotaram o judaísmo. Alguns de seus membros retornaram a Portugal e de lá foram para o Brasil, no século XVIII, onde eram considerados cristãos-novos. A questão que se impõe neste artigo é a de tentar entender por que, uma vez instalados na França, onde puderam ser judeus livremente, voltaram às chamadas “terras de idolatria”, nas quais tiveram que enfrentar a perseguição da Inquisição Ibérica.
Downloads
Referências
Documentos manuscritos
ANTT Arquivo Nacional da Torre do Tombo
IC- Inquisição de Coimbra
IL Inquisição de Lisboa
ANTT/IC – Processo n.5593 de Luis Nunes
ANTT/IC – Processo n.8249, de Isabel Mendes
ANTT/IC – Processo n. 503 de Antonio Mendes de Leão
ANTT/IC – Processo n.5456 de Branca de Mesquita
ANTT/IC – Processo n.7130 de Ana Mendes
ANTT/IC – Processo n. 2780, de Domingos Lopes Pereira
AN/TT/ IC – Processo n.523 de Beatriz Rodrigues
ANTT/IL – Processo n. 5336 de Diogo Rodrigues (ou Abraham – Dioguinho)
Referências
BONDIAN, Miriam. Hebrews of the Portuguese Nation – Conversos and Communities in Early Modern Amsterdam. Indiana: Indiana University Press, 1999.
GORENSTEIN, Lina. A Inquisição contra as mulheres. São Paulo: Humanitas, 2005.
GORENSTEIN, Lina. Heréticos e Impuro: Inquisição e cristãos-novos no Rio de Janeiro (século XVIII). Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Departamento Geral de Documentação e Informação Cultural, Divisão de Editoração, 1995.
GRAIZBORD, D. L. Souls in Dispute. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2004.
ISRAEL, J. Diaspora within a Diaspora. London: Brill, 2002.
ISRAEL, J. The Sephadi Contribution to Economic Life and Colonization in Europe and the New World (Sixteenth-Eighteenth Centuries). Moreseht Sepharad: The Sephardi Legacy. Beinart, H. (ed.). Jerusalem: Magnes Press, 1992.
KAPLAN, Y. Judios nuevos en Amsterdan. Barcelona: Gedisa, 1966.
LASH, C. O mínimo eu: sobrevivência psíquica em tempos difíceis. São Paulo: Brasiliense, 1986.
LIPNER, E. Izaque de Castro: o mancebo que veio preso do Brasil. Recife: Massangana, 1992.
NAHON, G. Bayonne dans La diáspora Sefarade d´occident (XVIIe-XVIIIe siècle). In: NAHON, G. Métroples et périphéries Sepharades d´occident: Kairouan, Amsterdam, Bayonne, Bordeaux, Jerusalem. Paris: Les Éditions du Cerf, 1993.
NETANYAHU, B. The Origins of the Inquisition in Fifteenth Century Spain. New York: Radom House, 1995.
NOVINSKY, Anita. Cristãos novos na Bahia. São Paulo: Perspectiva, 1972.
NOVINSKY, Anita. Inquisição Prisioneiros do Brasil – séculos XVI a XIX. São Paulo, Perspectiva, 2002.
RODRIGUES, C. Miguel de Mendonça Valladolid: um mercador cristão-novo. In: CARNEIRO, Maria Luiza Tucci; GORENSTEIN, Lina (org.). Ensaios sobre a Intolerância, Inquisição, Marranismo e anti-semitismo. São Paulo: Humanitas, 2002. p. 215-220.
SANTOS, S. Marranos e Inquisição (Bahia, século XVIII). São Paulo: FFLCH-USP, 1997.
STRUM, Daniel. O comercio do açúcar. Brasil, Portugal e Países Baixos, 1595-1630. São Paulo: Versal, 2012.
VAINFAS, R. Jerusalém colonial: judeus portugueses no Brasil holandês. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.
WACHTEL, N. A lembrança da fé: labirintos marranos. Lisboa: Caminho, 2002.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Arquivo Maaravi: Revista Digital de Estudos Judaicos da UFMG

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
O autor cede os direitos autorais à revista Arquivo Maaravi. Os direitos de licenciamento utilizados pelo periódico estão sob a Licença Creative Commons do tipo atribuição BY: são permitidos o compartilhamento (cópia e distribuição do material em qualquer meio ou formato) e adaptação (remix, transformação e criação de material a partir do conteúdo assim licenciado para quaisquer fins, inclusive comerciais.



