Os jovens por eles mesmos
um estudo acerca do fenômeno juvenil na perspectiva de estudantes do Ensino Médio de colégios e unidades sociais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.35699/1676-1669.2023.41915Palavras-chave:
juventude, adolescência, estudantes, ensino médioResumo
Neste estudo, objetivou-se compreender o ser jovem na contemporaneidade a partir da visão de estudantes do Ensino Médio. Foram utilizados dados de uma pesquisa maior, que contou com dez grupos focais com estudantes brasileiros. Utilizou-se Análise Textual Discursiva para avaliação dos achados. Participaram 80 estudantes oriundos de colégios e unidades sociais de uma rede de ensino privada, habitantes de distintas regiões do país. Os resultados demonstraram que, para a amostra pesquisada, ser jovem era vivenciar pressão por desempenho, por desenvolvimento de um futuro profissional e pela mudança da sociedade. Além disso, envolvia desenvolver autoconhecimento, ser crítico e socialmente responsável, enfrentar riscos e desafios e conquistar autonomia. Os resultados foram discutidos a partir de uma fundamentação gestáltica e fenomenológica. As conclusões apontam para a diversidade e potência das experiências juvenis na contemporaneidade e levantam questionamentos sobre os impactos na clínica psicológica.
Downloads
Referências
Ales Bello, A. (2019). O sentido do humano: entre a fenomenologia, psicologia e psicopatologia. Paulus.
Barbosa, J. S. (2021). Juventude(s): afinal, que sujeitos sociais são estes? Cadernos do aplicação, 4377. https://doi.org/10.22456/2595-4377.111283
Barreira, C. R. A. (2014). A bela adormecida e outras vinhetas: a empatia, do corpo a corpo cotidiano à clínica. In J. Savian Filho (Org.). Empatia: Edmund Husserl e Edith Stein: apresentações didáticas (pp. 53–93). Loyola.
Bicudo, M. A. V. (2011). A pesquisa qualitativa olhada para além dos seus procedimentos. In M. A. V. Bicudo (Org.). Pesquisa qualitativa segundo a visão fenomenológica (pp. 11–28). Cortez.
Bock, A. M. B. (2004). A perspectiva sócio-histórica de Leontiev e a crítica à naturalização da formação do ser humano: a adolescência em questão. Cadernos CEDES, 24(62), 26–43. https://doi.org/10.1590/s0101-32622004000100003
Branco, P. C. C., & Carpes, C. de O. (2017). Produção gestáltica nas bases de dados SCIELO e PEPSIC: revisão sistemática. Revista IGT na Rede, 14(26), 72–86. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/igt/v14n26/v14n26a05.pdf
Coimbra, C., Bocco, F., & Nascimento, M. L. (2005). Subvertendo o conceito de adolescência. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 57(1), 2–11. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/arbp/v57n1/v57n1a02.pdf
Creswell, J. W., & Creswell, J. D. (2021). Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto (5a ed.). Penso.
Dayrell, J. (2003). O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação, 24, 40–52. https://doi.org/10.1590/s1413-24782003000300004
Dias, C. A. (2000). Grupo focal: técnica de coleta de dados em pesquisas qualitativas. Ciência da Informação, 10(2), 1–12. https://periodicos.ufpb.br/ojs/index.php/ies/article/view/330/252
Evaldt, A., Tessaro, L. G. S., & Teixeira, P. E. L. (2022). “A gente tem esse protagonismo neste momento”: a experiência de pesquisa com jovens do Ensino Médio do Brasil Marista por meio de grupos focais presenciais e online". In P. E. L. Teixeira, M. J. Machado, M. Bonhemberger, & C. S. Fabis (Orgs.). (Re)Significações do Ensino Médio e protagonismo juvenil: tessituras curriculares (pp. 45–65). Edipucrs.
Feixa, C. (2021). Uma geração viral? adolescência e confinamento. Tomo, 38, 17–36. https://doi.org/10.21669/tomo.vi38.14698
Freitas, A. P., Elias, M. C., Proença, R. C., Costa, V. R. G., Brito, Y. S., & Menezes, A. B. (2016). Intervenção com adolescentes por meio de grupos focais: uma estratégia de democratização escolar. Revista conexão UEPG, 12(3), 546–557. https://doi.org/10.5212/Rev.Conexao.v.12.i3.0015
Galli, L. M. P. (2009). Um olhar fenomenológico sobre a questão da saúde e da doença: a cura do ponto de vista da Gestalt-terapia. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 9(1), 59–71. https://doi.org/10.12957/epp.2009.9135
Gaskell, G. (2003). Entrevistas individuais e grupais. In M. W. Bauer & G. Gaskell (Orgs.). Pesquisa qualitativa com texto, imagem e som: um manual prático (pp. 64–89). Vozes. https://doi.org/10.1590/s1415-65552004000200016
Gil, A. C. (2019). Métodos e técnicas de pesquisa social (7a ed.). Atlas.
Groppo, L. A. (2017). Introdução à sociologia da juventude. Paco.
Johnson, S. (2020). Inclusifique: como a inclusão e a diversidade podem trazer mais inovação à sua empresa. Benvirá.
Keil, I. M. (2015). Grupo focal: algumas notas sobre questões práticas. Revista Debates, 9(1), 49. https://doi.org/10.22456/1982-5269.54052
Knobel, M. (1981). A síndrome da adolescência normal. In A. Aberastury, & M. Knobel (Orgs.). Adolescência normal: um enfoque psicanalítico (pp. 24–63). Artes Médicas.
Leão, G., & Nonato, S. (2014). Juventude e trabalho. In M. Z. A. Correa, & C. L. Maia (Orgs.). Cadernos temáticos: juventude brasileira e Ensino Médio. UFMG.
Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. (2022). Censo da educação superior 2020: divulgação dos resultados. https://ifg.edu.br/attachments/article/1462/Censo Superior 2020_17 02 2022 - Final 11h00min.pdf
Moraes, R. (2003). Uma tempestade de luz: a compreensão possibilitada pela análise textual discursiva. Ciência & Educação (Bauru), 9(2), 191–211. https://doi.org/10.1590/s1516-73132003000200004
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2006). Análise textual discursiva: processo reconstrutivo de múltiplas faces. Ciência & Educação (Bauru), 12(1), 117–128. https://doi.org/10.1590/s1516-73132006000100009
Moraes, R., & Galiazzi, M. C. (2016). Análise textual discursiva (3a ed.). Unijuí.
Motta, H. L., De Assis, G. A. P., & Satelis, L. R. (2020). A gestalt-terapia como clínica do encontro: compreendendo a relação dialógica. Revista da Abordagem Gestaltica, 26(2020), 382–392. https://doi.org/10.18065/2020V26NE.3
Ozella, S. (2002). Adolescência: uma perspectiva crítica. In M. de L. J. Contini, S. H. Koller, & M. N. S. Barros (Orgs.). Adolescência e psicologia: concepções, práticas e reflexões críticas (pp. 16–24). CFP. http://site.cfp.org.br/wp-content/uploads/2008/01/adolescencia1.pdf
Ozella, S. (2003). A adolescência e os psicólogos: a concepção e a prática dos profissionais. In S. Ozella (Org.). Adolescências construídas: a visão da psicologia socio-histórica (pp.17-40). Cortez.
Pais, J. M. (2016). Ganchos, tachos e biscates: jovens, trabalho e futuro (4a ed.). Machado.
Perls, F., Hefferline, H., & Goodman, P. (1997). Gestalt-terapia (3a ed.). Summus.
Pervin, L. A. (1978). Personalidade: teoria, avaliação e pesquisa. EPU.
Poncela, A. M. F. (2021). Juventudes, definición y autorreflexión. Revista iberoamericana de las ciencias sociales y humanísticas, 10(19), 1–26. https://doi.org/https://doi.org/10.23913/ricsh.v10i19.236
Sampieri, R. H., Collado, C. F., & Lucio, M. P. B. (2013). Metodologia de Pesquisa (5a ed.). Penso.
Scherer, G. A. (2020). Notas sobre juventude, classe social e política. Argumentum, 12(1), 22–31. https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/download/30126/70/86764
Schillings, A. (2014). Concepção de neurose em Gestalt-terapia. In L. M. Frazão, & K. O. Fukumitsu (Orgs.). Gestalt-terapia: conceitos fundamentais (pp. 193–215). Summus.
Stein, E. (2004). Der Aufbau der menschlichen Person: Vorlesung zum philosophischen Anthropologie. Herder.
Stein, E. (2008). Zum Problem der Einfühlung. Herder.
Stengel, M., & Dayrell, J. (2017). Produção sobre adolescência / juventude na pós-graduação da Psicologia no Brasil. Desidades, 14(5), 18–29. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2318-92822017000100003
Távora, C. B. (2014). Self e suas funções. In L. M. Frazão, & K. O. Fukumitsu (Orgs.). Gestalt-terapia: conceitos fundamentais (pp. 63–87). Summus.
Trancoso, A. E. R., & Oliveira, A. A. S. (2011). Juventudes: desafios contemporâneos conceituais. Estudos Contemporâneos da Subjetividade, 4(2). http://www.periodicoshumanas.uff.br/ecos/article/view/1371
União Marista do Brasil, Observatório Juventudes PUCRS/Rede Marista, & Observatório das Juventudes PUCPR. (2020). Relatório gráfico da pesquisa: Vamos falar sobre o Ensino Médio? os(as) jovens estudantes e suas percepções de currículo no Brasil Marista. Edipucrs. https://umbrasil.org.br/wp-content/uploads/2020/10/Pesquisa-Vamos-falar-sobre-Ensino-Médio.pdf
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Memorandum: Memória e História em Psicologia
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Os trabalhos publicados na revista eletrônica Memorandum: Memória e História em Psicologia são licenciados sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.