Primórdios do coleccionismo moderno em espaços de produção do saber e do gosto

Autores

  • Ana Luísa Janeira Universidade de Lisboa

Palavras-chave:

Colecionismo, museologia, história da ciência

Resumo

O trabalho propõe uma análise arqueológica do coleccionismo moderno, definido como a tendência para coligir e manter conjuntos de objetos em torno de um tema. Aponta suas origens na época do Renascimento e dos descobrimentos geográficos com o surgimento dos Gabinetes de curiosidades; e posteriormente na criação das coleções produzidas pelas ciências modernas. Essas comportavam conjuntos reunidos com intuitos de recolha, manutenção e conservação, em espaços concretos, como Observatórios Astronômicos, Gabinetes de Física, Laboratórios de Química, Gabinetes de História Natural, Jardins Botânicos. Se nos Gabinetes de Curiosidades, cada presença individualizada era-o por ser bela ou útil, nesses novos espaços a marca de utilidade, visando a observação, a elaboração de hipóteses de trabalho, a verificação de uma teoria – impõe-se. Os conjuntos organizados em redor do bom gosto passaram a ocupar instituições e sítios diferenciados: os Museus de Arte. Aborda-se o exemplo histórico da grande coleção do Imperador Rudolfo II (1556-1612).

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Biografia do Autor

Ana Luísa Janeira, Universidade de Lisboa

Professora Associada com Agregação em Filosofia das Ciências do Departamento de Química e Bioquímica da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Co-fundadora, primeira coordenadora e actualmente investigadora do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa (CICTSUL).

Referências

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Publicado

2006-04-01

Como Citar

Janeira, A. L. (2006). Primórdios do coleccionismo moderno em espaços de produção do saber e do gosto. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 10, 65–70. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6732

Edição

Seção

Artigos