Primeiras noções da psique

das concepções animistas às primeiras concepções hierarquizadas em antigas civilizações.

Autores

  • William Barbosa Gomes Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Palavras-chave:

animismo, história da psicologia, consciência, civilizações antigas

Resumo

Neste estudo, o argumento que a história do pensamento psicológico deve contemplar, como ponto de partida, considerações evolucionárias e antropológicas sobre a consciência humana. O artigo está dividido em três partes. A primeira traz as evidências empíricas e os campos teóricos que se ocupam do estudo da evolução humana. A segunda examina a definição de três termos básicos e fundamentais para o estudo do pensamento humano: consciência, psique e animismo. A terceira compara crenças de antigas civilizações sobre concepções do universo e da psique. A conclusão argumenta que a escolha da antiga filosofia grega como ponto de partida não despreza as contribuições de outras civilizações. O pensamento grego foi, em grande parte, uma síntese cuidadosa e criativa do conhecimento existente até então. Contudo, as interligações entre universo, corpo e psique, como entendidas pelas antigas civilizações trazem as perguntas básicas e a lógica que deve orientar o estudo inicial dos fenômenos psicólogicos.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

William Barbosa Gomes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

psicólogo, doutor em Higher Education (Southern Illinois University Carbondale, EUA), professor no Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Referências

Bradshaw, J. L. (1997). Human evolution: a neuropsychological perspective. East Sussex, UK: Psychology Press, Publishers.

Cavalli-Sforza, L. L. (2003). Genes, povos e línguas (C. A. Malferrari, Trad.). São Paulo: Companhia de Letras. (Original publicado em 2000).

Churchland, P. M. (1995). The engine of reason, the seat of the soul: a philosophical journey into the Brain. Cambridge, MA: Mit Press.

Darwin, C. (1979). The origin of species. New York: Gramercy Books. (Original publicado em 1859).

Dilthey, W. (1980). Introducción a las ciencias del espíritu. (J. Marías, Trad.). Madrid: Alianza Editorial. (Original publicado em 1883).

Durkheim, E. (1995). The elementary forms of religion life. (K. E. Fields, Trad). New York: The Free Press.(Original publicado em 1912).

Edelman, G. M. (1989). The remembered present: a biological theory of consciousness. New York: Basic Books.

Gundlach, H. U. R., & Robinson, D. N. (1992). Wundt, Wilhelm. Em R. Harré & R. Lamb (Orgs.), Diccionario de psicologia social y de la personalidade (J. Piatigorsky, Trad.),(pp. 439-441). Buenos Aires: Ediciones Paidós.(Original publicado em 1986).

Hearnshaw, L. S. (1987). The shaping of modern psychology. London: Routledge.

Leach, E. (1976). Claude Lévi-Strauss. New York: Penguin Books. (Original publicado em 1970).

Leroi-Gourhan, A. (1990). O gesto e a palavra: técnica e linguagem. (V. Gonçalves, Trad.). Lisboa: Edições 70. (Original publicado em 1964).

Lyell, C. (1830). Principles of Geology. (R. Robbins, Ed.). Retirado em 07/05/2004, do World Wide Web: http://www.esp.org/books/lyell/principles/facsimile/

Keller, E. F. (2002). O século do gene. (N. Vaz, Trad.). Belo Horizonte: Cristálida. (Original publicado em 2000).

Mead, G. H. (1916). A translation of Wundt‘s Folk Psychology (A review). Amercian Journal of Theology, 23, 533-536.

Mosca, P. R. F. (1999). Epistemologia genética e conhecimento médico: O caminho das idéias médicas sobre o caminho do sangue (e da vida). Tese de doutorado não publicada, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre.

Poirier, J. (1981). História da etnologia. (I. Toledo. Trad.). São Paulo: Editora Cultrix; Editora da Universidade de São Paulo. (Original publicado em 1969).

Ronan, C. A. (1987). História ilustrada da ciência. (J. E. Fortes, Trad.). São Paulo: Círculo do Livro. (Original publicado em 1983).

Salzano, F. M. (1995). Evolução do mundo e do homem: liberdade ou organização? Porto Alegre: Editora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Séjourné, L. (1957). Pensamiento y religion en el México antiguo. México, D.F.: Fondo de Cultura Económica.

Tylor, E. B. (1958). The origins of culture and religion in primitive culture (Volumes

I e II da primeira edição de 1873 de Primitive culture). New York: Harper & Brothers.

Wundt, W. (1916). Elements of folk psychology: outlines of a psychological history of the development of mankind. (E. L. Schaub, Trad.). New York: Macmillan. (Original publicado em 1912).

Downloads

Publicado

2004-10-01

Como Citar

Gomes, W. B. (2004). Primeiras noções da psique: das concepções animistas às primeiras concepções hierarquizadas em antigas civilizações. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 7, 32–46. Recuperado de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6773

Edição

Seção

Artigos