Antes de Louise Brown
representações sociais do embrião in vitro na imprensa
DOI:
https://doi.org/10.35699/1676-1669.2023.37922Palabras clave:
bebê de proveta, representações sociais, embrião in vitroResumen
Quando um novo fato científico aparece nas discussões públicas e nas controvérsias políticas, as pessoas são socialmente convocadas a interpretar uma realidade em constante mutação. Este artigo analisou as representações sociais que circularam na Folha de São Paulo sobre o embrião in vitro até o ano de 1978, quando nasceu o primeiro “bebê de proveta”. Foram encontradas 67 reportagens publicadas entre janeiro de 1961 e dezembro de 1978, que foram analisadas com ajuda do software Alceste. Os resultados mostram cinco classes de palavras organizadas em dois eixos de sentidos: Desenvolvimento e alcances da manipulação de materiais germinativos e Impactos da fertilização in vitro na família. No contexto emergente das novas tecnologias reprodutivas, o embrião in vitro suscitou questões axiológicas ligadas à filiação, ao parentesco e ao humano na esfera pública brasileira.
Referencias
Agacinski, S. (2010). Le corps fabriqué. Le Débat, 159(2), 128–140. https://doi.org/10.3917/deba.159.0128 DOI: https://doi.org/10.3917/deba.159.0128
Arruda, A. (2003). Living is Dangerous: Research Challenges in Social Representations. Culture & Psychology, 9(4), 339–359. DOI: https://doi.org/10.1177/1354067X0394002
Bateman, S., & Salem, T. (1999). L’embryon en suspens. Cahiers du Genre, 25, 49–73. DOI: https://doi.org/10.3406/genre.1999.1089
Bauer, M. (1994). A popularização da ciência como imunização cultural: A função das representações sociais. In S. Jovchelovitch & P. Guareschi (Orgs.), Textos em representações sociais (p. 229–257). Vozes.
Bauer, M. W. (1995). Resistance to new technology ans its effects on nuclear power, information technology and biotechnology. In M. W. Bauer (Org.), Resistance to new technology: Nuclear power, information technology and biotecnology (p. 1–44). Cambridge University Press. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511563706.002
Bonardi, C. (2006). La “vache folle” à travers les discours: Pensée sociale et structures profondes des représentations sociales. In C. Fraïssé (Org.), Les représentations de la vache folle (p. 57–116). Éd. Zagros.
Carvalho, J. G. da S., & Arruda, A. (2008). The theory of social representations and history: A necessary dialogue. Paidéia (Ribeirão Preto), 18(41), 445–456. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000300003 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000300003
Cesarino, L. D. N. (2007). Nas fronteiras do “humano”: Os debates britânico e brasileiro sobre a pesquisa com embriões. Mana: Estudos de Antropologia Social, 13(2), 347–380. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93132007000200003
Cesarino, L., & Luna, N. (2011). The embryo research debate in Brazil: From the National Congress to the Federal Supreme Court. Social Studies of Science, 41(2), 227–250. https://doi.org/10.1177/0306312710386637 DOI: https://doi.org/10.1177/0306312710386637
Correa, M. C. D. V. (1997). As novas tecnologias reprodutivas: Uma revolução a ser assimilada. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 7(1), 69–98. https://doi.org/10.1590/S0103-73311997000100004 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73311997000100004
Diniz, D. (2003). Autonomia reprodutiva: Um estudo de caso sobre a surdez. Cadernos de Saúde Pública, 19(1), 175–181. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-311X2003000100019
Franklin, S. (1999). What we know and what we don’t about cloning and society. New Genetics & Society, 18(1), 111. DOI: https://doi.org/10.1080/14636779908656893
Harvey, O. (2005). Regulating stem-cell research and human cloning in an Australian context: An exercise in protecting the status of the human subject. New Genetics and Society, 24(2), 125–136. DOI: https://doi.org/10.1080/14636770500184776
Herzlich, C., & Pierret, J. (2005). Uma doença no espaço público: A AIDS em seis jornais franceses. Physis: Revista de Saúde Coletiva, 15, 71–101. https://doi.org/10.1590/S0103-73312005000300005 DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-73312005000300005
Jodelet, D. (2003). Représentations sociales, un domaine en expansion. In Les représentations sociales (7e édition., p. 47–78). Presses universitaires de France. DOI: https://doi.org/10.3917/puf.jodel.2003.01.0045
Jovchelovitch, S. (2008). Os contextos do saber representações, comunidade e cultura. Vozes.
Kirejczyk, M. (1999). Parliamentary Cultures and Human Embryos: The Dutch and British Debates Compared. Social Studies of Science, 29(6), 889–912. DOI: https://doi.org/10.1177/030631299029006004
Lander, E. S., Baylis, F., Zhang, F., Charpentier, E., Berg, P., Bourgain, C., Friedrich, B., Joung, J. K., Li, J., Liu, D., Naldini, L., Nie, J.-B., Qiu, R., Schoene-Seifert, B., Shao, F., Terry, S., Wei, W., & Winnacker, E.-L. (2019). Adopt a moratorium on heritable genome editing. Nature, 567(7747), 165. https://doi.org/10.1038/d41586-019-00726-5 DOI: https://doi.org/10.1038/d41586-019-00726-5
Le Coz, P. (2010). L’embryon: De la théologie médiévale aux avis du CCNE. Le corps et la loi. Actes du Colloque des 2èmes rencontres internationales sur le corps et l’image, 91–98.
Luna, N. (2001). Pessoa e parentesco nas novas tecnologias reprodutivas. Estudos Feministas, 2, 389–413. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200005
Luna, N. (2002). As novas tecnologias reprodutivas e o estatuto do embrião: Um discurso do magistério da Igreja Católica sobre a natureza. Gênero, 3(1), 83–100. DOI: https://doi.org/10.22409/rg.v3i1.259
Mehl, D. (1998). Bioéthique—Revue de presse. In R. Frydman, M. Flis-Trèves, & B. Koeppel (Orgs.), Les procréations médicalement assistées: Vingt ans après (p. 151–174). Odile Jacob.
Missa, J.-N. (2000). Le statut de l’embryon in vitro: Terminologie et approche philosophique. In Y. Englert & A. van Orshoven (Orgs.), L’embryon humain in vitro (p. 15–28). De Boeck & Larcier.
Moscovici, S. (1976). La psychanalyse, son image et son public. Presses Universitaires de France.
Moscovici, S. (2003). O fenômeno das representações sociais. In Representações sociais: Investigações em psicologia social (p. 29–110). Vozes.
Moscovici, S., & Vignaux, G. (1994). Le concept de thêmata. In C. Guimelli (Org.), Structures et transformations des représentations sociales (p. 25–72). Delachaux & Niestlé.
Mulkay, M. (1993). Rhetorics of hope and fear in the great embryo debate. Social studies of science, 23(4), 721–742. DOI: https://doi.org/10.1177/030631293023004004
Mulkay, M. (1994a). Changing minds about embryo research. Public Understanding of Science, 3, 195–213. DOI: https://doi.org/10.1088/0963-6625/3/2/004
Mulkay, M. (1994b). Embryos in the news. Public Understanding of Science, 3, 33–51. DOI: https://doi.org/10.1088/0963-6625/3/1/003
Nascimento, A. R. A. do, & Menandro, P. R. M. (2006). Análise lexical e análise de conteúdo: Uma proposta de utilização conjugada. Estudos e pesquisas em psicologia, 6(2), 72–88.
Picavet, E. (2006). Les pratiques de fécondation in vitro et les limites de l’éthique du consensus. Actes de savoirs - La reproduction, 1, 7–32.
Salem, T. (1997). As novas tecnologias reprodutivas: O estatuto do embrião e a noção de pessoa. Mana: Estudos de Antropologia Social, 3, 75–93. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-93131997000100003
Strathern, M. (1992). After nature: English kinship in the late twentieth century. Cambridge University Press.
Svendsen, M. N., & Koch, L. (2008). Unpacking the “Spare Embryo”: Facilitating Stem Cell Research in a Moral Landscape. Social Studies of Science, 38(1), 93–110. DOI: https://doi.org/10.1177/0306312707082502
Théry, I. (2010). Des humains comme les autres. Bioéthique, anonymat et genre du don. Editions de l’Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales. DOI: https://doi.org/10.4000/books.editionsehess.1538
Wagner, W. (2007). Vernacular science knowledge: Its role in everyday life communication. Public Understanding of Science, 16(1), 7–22. https://doi.org/10.1177/0963662506071785 DOI: https://doi.org/10.1177/0963662506071785
Wagner, W., & Kronberger, N. (2002). Discours et appropriation symbolique de la biotechnologie. In C. Garnier (Org.), Les formes de la pensée sociale (p. 119–150). Presses Universitaires de France.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2023 Memorandum: Memória e História em Psicologia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución 4.0.
Os trabalhos publicados na revista eletrônica Memorandum: Memória e História em Psicologia são licenciados sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.