Towards a decolonial feminist epistemology and history for Psychology

Authors

DOI:

https://doi.org/10.35699/1676-1669.2025.51231

Keywords:

psychology, history, epistemology, education, decolonial feminism

Abstract

This article problematizes the consolidation of a decolonial feminist stance in the academic-political transmission of the history and epistemology of Psychology for undergraduate courses. The academic, political and institutional trajectory of the author is taken as a detailed study of the complexities that inhabit theoretical and practical training in fields such as Psychology and Decolonial Feminism. Towards a subversive critical position from the feminist project of the Global South, a proposal for a geopolitical understanding of society, subjectivity and, consequently, Psychology is presented. Then, through an intersectional theoretical-political stance, it is pointed out how gender, race, class, sexuality and territory forge and tension the project of Psychology as a science and profession. Finally, we defend an education in Psychology which supports the endless dispute that inhabits the conflicting historiographical, epistemological, theoretical-methodological, conceptual and ethical-political perspectives surrounding the study and intervention in the know-how of Psychology.

Author Biography

  • Ricardo Dias de Castro, Universidade Federal de Minas Gerais

    Doutor em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais e professor da Universidade Federal da Bahia.

References

Abib, J. A. D. (2009). Epistemologia pluralizada e história da psicologia. Scientiae studia, 7(2), 195-208. https://doi.org/10.1590/S1678-31662009000200002

Amorós, C. (2000). Feminismo y filosofia. Madri: Editorial Síntesis.

Antunes, M. A. M. (2012). A Psicologia no Brasil: um ensaio sobre suas contradições. Psicologia: ciência e profissão, 32 (esp.), 44-65. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500005

Anzaldúa, G. (2005). La conciencia de la mestiza: rumo a uma nova consciência. Revista estudos feministas, 13 (3), 704-719. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000300015

Araújo, S. F. (2013). Wilhelm Wundt e o estudo da experiência imediata. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 93-104). Nau.

Barreto, C. L. B. T., & Morato, H. T. P. (2008). A dispersão do pensamento psicológico. Boletim de Psicologia, 58(129), 147-160. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/bolpsi/v58n129/v58n129a03.pdf

Bock, A. M. M. (2001). A Psicologia ou as Psicologias. In Bock, A. M. M., Furtado, O., & Teixeira, M. L. T. (Orgs.). Psicologias – uma introdução ao estudo de Psicologia (pp. 15-30). Saraiva.

Bock, A. M. B. (2004). A perspectiva histórica da subjetividade: uma exigência para a psicologia atual. Psicologia para América Latina, (1), 0-0. http://pepsic.bvsalud.org/pdf/psilat/n1/n1a02.pdf.

Buys, R. C. A psicologia humanista. (2013). In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F.T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 339-348). Nau.

Castro, R. D., & Mayorga, C. (2019). Decolonialidade e pesquisas narrativas: contribuições para a Psicologia Comunitária. Revista Pesquisas e Práticas Psicossociais, 14(3), 1-18. http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/revista_ppp/article/view/e3178

Castro, R. D., Lino, T. R., & Mayorga, C. (2020). Desobediências epistêmicas: Propostas feministas e antirracistas em direção a um projeto de ciência e sociedade decolonial. Cadernos de Estudos Culturais, 2(24), 209-226. https://doi.org/10.55028/cesc.v2i24.11954

Castro, R. D. (2022). Saberes e práticas que decolonizam a ciência e o conhecimento: construções narrativas (auto)biográficas de docentes da UFMG [Tese de Doutorado em Psicologia, Programa e Pós-Graduação em Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais]. Repositório UFMG. https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/50257

Castro, R. D. D., & Mayorga, C. (2023). Saberes-fazeres feministas decoloniais na universidade: contribuições subjetivas, epistêmicas e políticas de intelectuais negras. Psicologia & Sociedade, 35, e277140. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2023v35e277140

Castro-Gómez, S. (2005). Ciências sociais, violência epistêmica e o problema da “invenção do outro”. In Lander, E. (Org.) A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais, perspectivas latino-americanas (pp. 87-95). CLASCO.

Chaves, A. M. (2000). O fenômeno psicológico como objeto de estudo transdisciplinar. Psicologia: Reflexão e Crítica, 13 (1), 159-165. https://doi.org/10.1590/S0102-79722000000100016

Collins, P. H. (2016). Aprendendo com a outsider within. Sociedade e Estado, 31 (1), 99-127. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100006

Costa, P. H. A. D., & Mendes, K. T. (2022). Psicologia, 60 anos, e a Crítica da Crítica. Psicologia: Ciência e Profissão, 42 (esp.), e262857. https://doi.org/10.1590/1982-3703003262857

Fernandes, S. R. F. (2016) Psicologia e formação generalista: do currículo mínimo às diretrizes curriculares. [Dissertação de Mestrado Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Repositório UFRN. https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22362

Ferreira, A. A. L. (2013a) O Múltiplo Surgimento da Psicologia. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 13-46). Nau.

Ferreira, A. A. L.. (2013b) A Psicologia no recurso aos vetos kantianos. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 85-92). Nau.

Ferreira, M. C. (2010). A Psicologia Social contemporânea: principais tendências e perspectivas nacionais e internacionais. Psicologia: teoria e pesquisa, 26 (esp.), 51-64. https://doi.org/10.1590/S0102-37722010000500005

Figueiredo, L. C. M. (1992). Convergências e divergências: a questão das correntes de pensamento em psicologia. São Paulo: Transformação, 4 (1,2,3), 15-26. https://periodicos.puc-campinas.edu.br/transinfo/article/view/1651

Figueiredo, L. C. M. (2008). Matrizes do pensamento psicológico. Vozes.

Figueiredo, L. C. (2010). Epistemologia, História e além: reflexões sobre uma trajetória pessoal. Psicologia: ciência e profissão, 30 (esp.), 140-148. https://doi.org/10.1590/S1414-98932010000500005

Foucault, M. (1971/1994). Dits et écrits (Vol. 2). Gallimard.

Furtado, O. (2012). Os 50 anos de Psicologia no Brasil: a construção social de uma profissão. Psicologia: Ciência e Profissão, 32(esp.), 66-85. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500006

Gomes, N. L. (2017). Movimento Negro Educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Vozes

Gonçalvez, L. (1999). La metodología genealógica y arqueológica de Michel Foucault en la investigación en psicología social. Arqueología del cuerpo: ensayo para una clínica de la multiplicidad, pp. 167-176. https://www.fadu.edu.uy/estetica-diseno-ii/files/2015/06/transitos-de-una-psicologia-social-genealogía-y-arqueología.pdf

Gonzales, L. (1984). Racismo e sexismo na cultura brasileira. Revista Ciências Sociais Hoje, 2(1), 223-244. https://bibliotecadigital.mdh.gov.br/jspui/handle/192/10316

Grosfoguel, R. (2016). A estrutura do conhecimento nas universidades ocidentalizadas: racismo/sexismo epistêmico e os quatro genocídios/epistemicídios do longo século XVI. Sociedade e Estado, 31(1), 25-49. https://doi.org/10.1590/S0102-69922016000100003

Gutman, G., & Ferreira, A. A. L. F. (2013). O funcionalismo em seus primórdios: a psicologia a serviço da adaptação. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F.T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 121-140). Nau.

Haraway, D. (1995). Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, 5, 7-41. https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773

Harding, Sandra (1998) Is Science Multicultural? Postcoloníalísms, Femínísms, and Epístemologíes, Bloomington and Indianapolis, Indiana University Press.

hooks et al. (2004). Otras inapropiables: Feminismos desde las fronteras. Traficantes de sueños.

Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F. T. (2013). História da psicologia: rumos e percursos. Nau.

Jaggar, A. M., Bordo, S. R., & Freitas, B. L. (1997). Gênero, corpo, conhecimento. Rosa dos Tempos.

Kastrup, Virgínia. A psicologia no contexto das ciências cognitivas. In: JACÓ-VILELA, Ana Maria; FERREIRA, Arthur Arruda Leal; PORTUGAL, Francisco Teixeira (Ed.). História da psicologia: rumos e percursos. Nau Editora, 2013.

Krenak, A. (2020). O amanhã não está à venda. Companhia das Letras.

Larrosa, J. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, 19, 20-28. https://doi.org/10.1590/S1413-24782002000100003

Lemos, F. C. S., & Cardoso Júnior, H. R. (2009). A genealogia em Foucault: uma trajetória. Psicologia & Sociedade, 21 (3), 353-357. https://doi.org/10.1590/S0102-71822009000300008

Loureiro, I. (2013). Luzes e sombras: Freud e o advento da psicanálise. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos. Nau Editora.

Lugones, M. (2014). Rumo a um feminismo descolonial. Estudos feministas, 22(3), 935-952. https://doi.org/10.1590/%25x

Massimi, M. (2013). Ideias Psicológicas na cultura luso-brasileira do século XVI ao século XVIII. In: Jacó-Vilela, A.M., Ferreira, A.A.L., & Portugal, F.T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 371-386). Nau.

Matos, M. (2018). Pedagogias feministas decoloniais: a extensão universitária como possibilidade de construção da cidadania e autonomia das mulheres de Minas Gerais. UFMG.

Mayorga, C. (2013). Sobre mulheres, Psicologia, profissão e a insistente ausência das questões raciais. In Lhullier., L. (Org.). Psicologia: uma profissão de muitas e diferentes mulheres (pp. 173-199). Conselho Federal de Psicologia.

Mayorga, C. (2014). Algumas contribuições do feminismo à psicologia social comunitária. Athenea Digital, 14(1), 221-236. http://dx.doi.org/10.5565/rev/athenead/v14n1.1089

Mayorga, C. et al. (2013). As críticas ao gênero e a pluralização do feminismo: colonialismo, racismo e política heterossexual. Revista Estudos Feministas, 21 (2), 463-484. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2013000200003

Mignolo, W. D. (2017). Colonialidade: o lado mais escuro da modernidade. Revista brasileira de ciências sociais, 32 (94), 1-18. https://doi.org/10.17666/329402/2017

Moraes, M. (2013). O gestaltismo e o retorno à experiência psicológica. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 301-318). Nau.

Núñez, G. (2021). Monoculturas do pensamento e a importância do reflorestamento do imaginário. ClimaCom - Diante dos negacionismos, 8, 1-8.

Oyěwùmí, O. (2021). A invenção das mulheres: construindo um sentido africano para os discursos ocidentais de gênero. Bazar do Tempo.

Rosa, L. A. G. (1977). Psicologia, um espaço de dispersão do saber. Rádice–Revista de Psicologia, 1, 1-9.

Rudá, C., Coutinho, D., & Almeida Filho, N. (2019). Formação em psicologia: uma análise curricular de cursos de graduação no Brasil. Revista e-Curriculum, 17(2), 419-440. https://doi.org/10.23925/1809-3876.2019v17i2p419-440

Santos, A. B. (2018). Somos da terra. Piseagrama, 12, 44-51.

Santos, A. D. O. D., Schucman, L. V., & Martins, H. V. (2012). Breve histórico do pensamento psicológico brasileiro sobre relações étnico-raciais. Psicologia: Ciência e Profissão, 32 (esp.), 166-175. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500012

Sardenberg, C. M. B. (2018). O pessoal é político: conscientização feminista e empoderamento de mulheres. Inclusão Social, 11(2), 15-30. https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/4106

Schultz, D. P., & Schultz, S. E. (2020). História da psicologia moderna. Cengage Learning.

Scott, J. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & realidade, 20(2). https://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/71721

Scott, J. W. (2005). O enigma da igualdade. Revista Estudos Feministas, 13(1), 11-30. https://doi.org/10.1590/S0104-026X2005000100002

Spink, P. K. (2003). Pesquisa de campo em psicologia social: uma perspectiva pós-construcionista. Psicologia & Sociedade, 15, 18-42. https://doi.org/10.1590/S0102-71822003000200003

Xavier, C. R., Soares, P. G., & Cirino, S. D. (2013). O behaviorismo: uma proposta de estudo do comportamento. In Jacó-Vilela, A. M., Ferreira, A. A. L., & Portugal, F. T. (Eds.). História da psicologia: rumos e percursos (pp. 179-194). Nau.

Yamamoto, O. H. (2012). 50 anos de profissão: responsabilidade social ou projeto ético-político?. Psicologia: ciência e profissão, 32, 6-17. https://doi.org/10.1590/S1414-98932012000500002

Published

2025-04-28

Issue

Section

Formação e ensino de História da Psicologia em países ibero-americanos

How to Cite

Towards a decolonial feminist epistemology and history for Psychology. (2025). Memorandum: Memory and History in Psychology , 42, e51231. https://doi.org/10.35699/1676-1669.2025.51231