“Ser o que se é” na psicoterapia de Carl Rogers

um estado ou um processo?

Autores/as

  • Rafaella Medeiros de Mattos Brito Universidade Federal do Ceará
  • Virginia Moreira Universidade de Fortaleza

Palabras clave:

ser o que se é, psicoterapia, processo, Carl Rogers

Resumen

Neste artigo discutimos a idéia que atravessa a expressão “ser o que se é”, utilizada por Carl Rogers em seus textos para falar do processo que a pessoa vive durante a psicoterapia. Iniciamos com um diálogo com o autor desta frase, o filósofo existencialista Soren Kierkegaard, e em seguida realizamos uma breve descrição sobre o estado de incongruência que é, para Rogers, a origem do sofrimento psíquico. Descrevemos o processo de psicoterapia que facilita a mudança do cliente para um estado de maior congruência, mostrando que “ser o que se é” é um processo contínuo e não um estado fixo. Concluímos com a exposição de algumas características desse processo, que inclui uma maior abertura à experiência, a vivência existencial no aqui e agora e a confiança no organismo como referência para o comportamento.

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Biografía del autor/a

Rafaella Medeiros de Mattos Brito, Universidade Federal do Ceará

Graduada em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Aluna do Curso de Formação em Psicoterapia Humanista-Fenomenológica. 

Virginia Moreira, Universidade de Fortaleza

Psicóloga; Psicoterapeuta humanista-fenomenológica; Doutora em Psicologia Clínica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC-SP (São Paulo, SP, Brasil); Pós-doutorada em Antropologia Médica pela Harvard Medical School (CAPES/Fulbright); Docente Titular da Universidade de Fortaleza – Unifor (Fortaleza,CE, Brasil); Visiting Lecturer do Departamento de Medicina Social de Harvard Medical School; Supervisora Clínica Especialista em Psicoterapia credenciada pela Sociedad Chilena de Psicología Clínica (Santiago do Chile, Chile). 

Citas

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Publicado

2017-11-18

Cómo citar

Brito, R. M. de M., & Moreira, V. (2017). “Ser o que se é” na psicoterapia de Carl Rogers: um estado ou um processo?. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 20, 201–210. Recuperado a partir de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6631

Número

Sección

Artigos