Psicologia Humanista

a história de um dilema epistemológico

Autores/as

  • Gustavo Arja Castañon Universidade Estácio de Sá Universidade Católica de Petrópolis

Palabras clave:

psicologia humanista, ciência moderna, epistemologia da psicologia

Resumen

A Psicologia Humanista norte-americana surgiu há cerca de cinqüenta anos, apresentando-se como uma terceira força capaz de fazer frente ao que julgava ser uma desumanização determinista da imagem de ser humano promovida pelo Behaviorismo e pela Psicanálise. Apresentando sua versão do objeto da Psicologia como dotado de um nível de liberdade, criatividade e pró-atividade, os principais representantes da Psicologia Humanista se recusaram a abandonar o método experimental, proclamando a sua abordagem como aderida à ciência moderna. Assim inauguraram um novo dilema, que tem acompanhado a história da Psicologia Humanista: deveria esta manter sua adesão ao método científico que não se adequa a seu objeto de pesquisa ou transformar a imagem de ciência que pratica para adequá-la à sua imagem de ser humano? Defende-se aqui tese de que a Psicologia Humanista, mesmo com as adesões  proclamadas de Maslow e Rychlak, acabou por abandonar o método experimental para aderir a investigações finalistas.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Gustavo Arja Castañon, Universidade Estácio de Sá Universidade Católica de Petrópolis

graduado em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ e em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ. É mestre em Psicologia Social pela UERJ e doutor em Psicologia pela UFRJ. Atualmente ministra cursos nas graduações em Psicologia das universidades Estácio de Sá e Católica de Petrópolis, e cursa o Mestrado em Lógica e Metafísica da UFRJ, tendo se dedicado nos últimos dez anos a investigações de Epistemologia da Psicologia.

Citas

Allport, G. (1937). Personality: A Psychological Interpretation. New York: Holt.

Allport, G. (1975). Desenvolvimento da Personalidade (H. Simon, Trad.). São Paulo: Editora Pedagógica Universitária. (Original publicado em 1955).

Amatuzzi, M. M. (1989). O significado da Psicologia Humanista, posicionamentos filosóficos implícitos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 41 (4), 88-95.

Barrell, J. e Price, D. (1980). An experiential approach with quantitative methods: a research paradigm. Journal of Humanistic Psychology, 20 (3), 75-95.

Barrell, J; Aanstoos, C.; Richards, A.; Arons, M. (1987). Human Science research methods. Journal of Humanistic Psychology, 27 (4), 424-457.

Bugental, J. (1963). Humanistic Psychology: A new breakthrough. American Psychologist, 18, 563-567.

Castañon, G. (2007). O Cognitivismo é um Humanismo. Revista Psicologia Argumento, 25 (48), 51-64 .

De Carvalho, R. (1990). A History of the Third Force in Psychology. Journal of Humanistic Psychology, 30, 22-44.

Dilthey, W. (1945). Psicologia y Teoria Del Conocimiento. (E. Imaz, Trad.). México: Fondo de Cultura Econômica. (Original publicado em 1924).

Frankl, V. (1978). Fundamentos antropológicos da psicoterapia (R. Bittencourt, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar Editores. (Original publicado em 1975).

Frankl, V. (1991). Em busca de sentido: um psicólogo no campo de concentração (W. Schlupp, W. e C. Aveline, Trad.). Petrópolis: Vozes. (Original publicado em 1977).

Frick, W. (1973). Psicologia Humanística. Buenos Aires: Editorial Guadalupe.

Giorgi, A. (1978). A Psicologia como Ciência Humana (R. Schwartzman, Trad.). Belo Horizonte: Interlivros. (Original publicado em 1970).

Giorgi, A. (1985). Toward the Articulation of Psychology as a Coherent Discipline. Em S. Koch; E. Leary (orgs.) A Century of Psychology as Science. (pp. 46-59). New York: McGraw-Hill Book Company.

Goldstein, K. (1934). The Organism: A holistic approach to biology derived from pathological data in man. New York: American Book.

Goldstein, K. (1940). Human Nature in the light of psychopathology. New York: Schocken Books.

Krüger, H. (1994). Ação e Comportamento. Cadernos de Psicologia,2, 17-25.

Maslow, A. (1963). Motivacion y Personalidad (J. Garí, Trad.). Barcelona: Sagitário. (Original publicado em 1954).

Maslow, A. (1968). Introdução à Psicologia do Ser (Á. Cabral, Trad.). Rio de Janeiro: Eldorado. (Original publicado em 1962).

May, R. (1950). The Meaning of Anxiety. New York: Ronald.

May, R. (1953). Man's Search for Himself. New York: Norton.

Miller, G.; Galanter, E.; Pribram, K. (1960). Plans and the Structure of Behavior. New York: Holt, Rinehart & Winston.

Murphy, G. (1947). Personality: A Biosocial Approach to Origins and Structure. New York: Harper.

Murray, H. (1938). Explorations in Personality: a clinical and experimental study of fifty man of college age. New York: Oxford University Press.

Penna, A. G. (1991) História das Idéias Psicológicas. Rio de Janeiro: Imago.

Popper, K. (1975). A Lógica da Investigação Científica (L. Hegenberg e O. Mota, Trad.).São Paulo: Ed. Cultrix. (Original publicado em 1934).

Robinson, D. (1985a). Philosophy of Psychology. New York: Columbia University Press.

Robinson, D. (1985b). Science, Psychology and Explanation: Synonyms or Antonyms? Em Koch, S. e Leary, D. (orgs), A Century of Psychology as Science. (pp. 60-74).New York: McGraw-Hill Book Company.

Rychlak, J. (1975). Psychological Science as a Humanist Views It. Nebraska Symposium on Motivation, 23, 205-279.

Rychlak, J. (1988). The Psychology of Rigorous Humanism. New York: New York University Press.

Rychlak, J. (1993). A Suggested Principle of Complementarity for Psychology: in Theory, not Method. American Psychologist, 48 (9), 933-942.

Rychlak, J. (1994). Logical Learning Theory: A Human Teleology and its Empirical Support. Nebraska: University of Nebraska Press.

Rychlak, J. (1999). Social Constructionism, Postmodernism, and the Computer Model: Searching for Human Agency in the Right Places. Journal of Mind and Behavior, 20(4), 379-389.

Rychlak, J. (2004). Unification in Theory and Method: Possibilities and Impossibilities. In Sternberg, R. (org) Unity in Psychology: Possibility or Pipedream? (pp.145-177). Washington: American Psychological Association.

Smith, M. B. (1978). Humanism and Behaviorism in Psychology: Theory and Practice. Journal of Humanistic Psychology, 18 (4), 27-37.

Smith, M. B. (1990). Humanistic Psychology. Journal of Humanistic Psychology, 30, 6-21.

Wertheimer, M. (1978). Humanistic Psychology and the Humane but Tough-Minded Psychology. American Psychology, 33 (8), 739-745.

Wertz, F. (1998). The Role of the Humanistic Movement in the History of Psychology. Journal of Humanistic Psychology, 38 (1), 42-70.

Publicado

2007-04-12

Cómo citar

Castañon, G. A. (2007). Psicologia Humanista: a história de um dilema epistemológico. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 12, 105–124. Recuperado a partir de https://periodicos.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/6714

Número

Sección

Artigos