Corpos Tatuados

desejo de memória em completude

Autores/as

  • Marlene Brito de Jesus Pereira Faculdade Ruy Barbosa. Universidade Católica do Salvador
  • Elaine Pedreira Rabinovich Universidade Católica do Salvador

DOI:

https://doi.org/10.35699/1676-1669.2020.6872

Palabras clave:

corpo, tatuagem, impressão, desejo, memória

Resumen

Este artigo tem por objetivo apresentar vivências e significados de tatuagens a partir de narrativas de sujeitos adultos e idosos, com base em uma abordagem interdisciplinar. Questionamos: do culto ao corpo jovem, da exigência do labor do corpo adulto e da hipervigilância do corpo envelhecido, qual a significação do corpo tatuado em idades tão díspares? Realizamos uma descrição das narrativas de adultos e idosos com corpos tatuados a partir de um desenho de pesquisa qualitativa. Participaram da pesquisa 15 adultos com idades entre 22 e 67 anos em duas capitais brasileiras, Salvador e São Paulo. Entre as ideias conclusivas estão, de um lado, a tatuagem como metamorfose, liberdade e afirmação de si e, de outro, significações que ressaltam a tatuagem como desejo de memória em completude, uma forma de fazer do corpo lugar de arquivo ou o próprio corpo como arquivo de memória completa.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Marlene Brito de Jesus Pereira, Faculdade Ruy Barbosa. Universidade Católica do Salvador

Marlene Brito de Jesus Pereira é psicóloga. Mestre e Doutora em Família na Sociedade Contemporânea pela Universidade Católica de Salvador – UCSal e EHESS em Paris (2014). Professora do Curso de Psicologia do Centro Universitário UniRuy – Wyden. Fundadadora e psicóloga clínica do La Vie Instituto de Psicologia, Psicanálise e Ensino em Humanidades, Salvador.

Elaine Pedreira Rabinovich, Universidade Católica do Salvador

Elaine Pedreira Rabinovich é psicóloga. Doutora em Psicologia Social pela Universidade de São Paulo (1997) e pós-doutorado na mesma instituição (1998). Professora do Programa de Pós-graduação em Família e Sociedade Contemporânea da Universidade Católica de Salvador – UCSal.

Citas

Armstrong, M., Deboer, R. N. & Cetta, F. (2008). Infective endocarditis after body art: a review of the literature and concerns. Journal of Adolescent Health, 43(3), 217-225.

Bardin, L. (2009). Análise de conteúdo (L. A. Reto & A. Pinheiro, Trad.). Lisboa: Edições 70 (Original publicado em 1977).

Barros, S. (2015). Tatuagem urbanas e o uso de piriguetes. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Design e Ergonomia, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, PE.

Bauman, Z. (2007). Vida líquida (C. A. Medeiros, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar (Original publicado em 2005).

Bosi, E. (1987). Memória e sociedade. lembranças de velhos. São Paulo: EDUSP.

Debert, G. G. (2010). A dissolução da vida adulta e a juventude como valor. Horizontes Antropológicos, 16(34), 49-70.

Derrida. J. (2001). Mal de arquivo: uma impressão freudiana (C. M. Rego, Trad.). Rio de Janeiro. Relume Dumará (Original publicado em 1995).

Erikson, E. H. (1976). Identidade, juventude e crise (A. Cabral, Trad.). Rio de Janeiro: Zahar (Original publicado em 1968).

Erikson, E. H. (1998). O ciclo de vida completo (M. A. V. Veronese, Trad.). Porto Alegre: Artes Médicas (Original publicado em 1997).

Fonseca, A. L. (2003). Tatuar e ser tatuado: etnografia da prática contemporânea da tatuagem. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC.

Fontanella, B. J. B., Ricas, J. & Turato, E. R. (2008). Amostragem por saturação em pesquisas qualitativas em saúde: contribuições teóricas. Cadernos de Saúde Pública, 24(1), 17-27.

Freud, Sigmund (1996). Além do princípio do prazer. Edição Standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. Volume 18 (pp. 11-77). Rio de Janeiro, Imago Editora (original publicada em 1920).

Galliot, S. (2014). From global to marginal, all tattooed. In Musée du Quai Branly. Catalogue Tatoueurs, Tatoués Actes Sud (pp. 15-45). Paris: Musée du Quai Branly.

Le Breton, D. (1990). Antropologie du corps et modernité. Paris: PUF.

Le Breton, D. (2002). Signes d'identité: tatouages, piercings et autres marques corporelles. Paris: Métailié.

Le Breton, D. (2003). Adeus ao corpo (M. Appenzeller, Trad.). 3a ed. Campinas, SP: Papirus (Original publicado em 1999).

Le Breton, D. (2004). O corpo como acessório da presença: notas sobre a adolescência do homem. Revista de Comunicação e Linguagem, 33, 67-81.

Oliveira Dias, T. M. (2014). Tinta e dor: a prática da tatuagem na construção da identidade. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Humanas, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Natal, RN.

Organização Mundial da Saúde (2015). Relatório Mundial de Envelhecimento e Saúde. Genebra, Suíça: OMS.

Ortega, F. (2008). O corpo incerto: corporeidade, tecnologias médicas e cultura contemporânea. Rio de Janeiro: Garamond, 2008.

Renaut, L. (2014). From global to marginal, tattoing in Antiquity. In Musée du Quai Branly. Catalogue Tatoueurs, Tatoués Actes Sud (pp. 69-115). Paris: Musée du Quai Branly.

Revista Pesquisa FAPESP. As mais antigas tatuagens figurativas. Revista Pesquisa Fapesp, n. 266, Abril, 2018.

Singly, F. (2003). Les uns avec les autres: quand l’individualisme crée du lien. Paris: Armand Colin.

Thompson, A. (1997). Recompondo a memória: questões sobre a relação entre a história oral e as memórias. São Paulo: EDUC.

Publicado

2020-04-01

Cómo citar

Pereira, M. B. de J., & Rabinovich, E. P. (2020). Corpos Tatuados: desejo de memória em completude. Memorandum: Memória E História Em Psicologia, 37. https://doi.org/10.35699/1676-1669.2020.6872

Número

Sección

Artigos