Curadoria e preservação digital

um estudo sobre o Portal Brasiliana Fotográfica

Resumo

A pesquisa se caracteriza através de uma abordagem qualitativa, definida como estudo observável para fins de conhecimento, descrevendo estrutura e funcionamento. Ela possui uma abordagem documental através de livros, artigos, sites e bases de dados. Também, foi realizada uma análise estruturada sobre o portal Brasiliana Fotográfica. Por fim, foram aplicadas entrevistas aos curadores responsáveis pela seleção e organização das fotografias com a finalidade de compreender o processo de curadoria e preservação neste ambiente virtual. Para além disso, propõe-se no final diretrizes convictas para o estabelecimento de uma política de preservação digital em pró da memória nacional. A indagação surge através da relação entre a curadoria e a preservação digital, neste sentido, a pesquisa buscou responder: Como é estabelecido o processo de curadoria e de preservação digital no portal Brasiliana Fotográfica? A partir desse questionamento, definiu-se como objetivo geral: compreender o processo de curadoria e de preservação digital no portal Brasiliana Fotográfica como mecanismo mediador do acesso a acervos da memória nacional. E como objetivos específicos: conceituar curadoria e preservação digital através de uma revisão bibliográfica no campo da Ciência da Informação; identificar elementos pertinentes à preservação digital, estabelecido na Brasiliana Fotográfica; evidenciar a política de preservação digital que norteia o portal; evidenciar a política de preservação de informações característico à Curadoria Digital na Biblioteca Nacional e suas interlocuções com a memória nacional. Do ponto de vista teórico a pesquisa traçou um apanhado cronológico sobre a terminologia da curadoria digital baseandose nos autores Beagrie (2004), Abbott (2008) e Lee e Tibbo (2011). Também se apresenta a Preservação Digital a partir do autor Arellano (2008). Destacou-se as conceituações sobre patrimônio, utilizando-se os autores Nora (1993), Gonçalves (2009); Palma Peña (2010); Silveira e Moura (2016); Caldeira (2017), ainda, optou-se por construir um panorama histórico da Biblioteca Nacional do Brasil, neste sentido, utilizou-se os autores Schwarcz (2002); Juvêncio (2021) e Caldeira (2018). Os resultados evidenciaram que a Brasiliana Fotográfica não possui uma Política de Preservação Digital consolidada e que a atividade de preservar as fotografias é feita de modo individual por cada uma das instituições parceiras. Foi evidenciado também, que algumas dessas instituições desenvolveram sua própria política de preservação e outras não, desta forma preservam as imagens da forma que acreditam ser mais eficaz, como por exemplo, a terceirização de uma empresa parceira que fornece vários HDs externos para o armazenamento do material.