Quando as máquinas param
Plínio Marcos’ theater in Portuguese telecinema
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.32.2.160-185Keywords:
Quando as máquinas param, Plínio Marcos, Portuguese cinemaAbstract
The purpose of this essay is to discuss and analyze the portuguese film When the machines stop (1984-1985) by filmmakers Pedro Belo and Luís Filipe Costa based on the homonymous play by Plínio Marcos (1963-1967). This filmic work was produced for the TV channel RTP 1 and shown in 1985. The cast included Júlio César (Zé), Adelaide Ferreira (Nina), Luísa Salgueiro (D. Marlana), Pedro Efe (Milongas), José Wallenstein (Angarlador), Canto e Castro (Tonico’s father), Amadeu Coronho (Manel), Script and dialogue by Pedro Belo and Luís Filipe Costa. Apparently, it is the only cinematographic transposition of this play by Plínio Marcos, as well as the first and only foreign film based on Plinian theatre, a hypothesis that will be the subject of further reflection. It is important to note that RTP 1 was the only TV channel at the time of Portuguese redemocratization. This is particularly curious since this channel was reconfigured to the nascent democratic scenario after the long Portuguese dictatorship (the channel started broadcasting in 1956-1957, still under the dictatorial yoke), so that producing a film based on a Plinian play, precisely in the year 1985, the year of the beginning of the Brazilian political opening, is still something worthy of mention and analysis. The choice of Portuguese directors about the play Quando as Máquinas Param and its central theme, unemployment, for transposition into film, in association with the moment lived both by Portugal and Brazil, at that historical moment.
References
AUMONT, J; MARIE, M. Dicionário teórico e crítico de cinema. Tradução de Eloisa Araújo Ribeiro. 4. ed. Campinas: Papirus, 2009.
BALOGH, A. M. Conjunções, Disjunções, transmutações: da literatura ao cinema e à TV. 2ª Ed. São Paulo: Annablume, 2005.
BARROS, J. d’A. Cinema e história–as funções do cinema como agente, fonte e representação da história, Ler História, 52, p. 127-159, 2007. DOI: https://doi.org/10.4000/lerhistoria.2547.
CORSEUIL, A. R. Estudos de adaptação entre a literatura e o cinema: narrativas que viajam no tempo e no espaço. In: BONNICI, T.; ZOLIN, L. O. (Orgs). Teoria Literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. 4. ed. ampl. e rev. Maringá: Eduem, 2019, p. 369-378.
DIÁRIO DE LISBOA, nº 21911, Ano 65, Sexta-feira, 15 de novembro de 1985, p. 20, Fundação Mário Soares/ DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível em: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_3244. Acesso em: 16 jun. 2022.
DIÁRIO DE LISBOA, nº 21911, Ano 65, Sexta-feira, 15 de novembro de 1985, p. 23. Fundação Mário Soares/ DRR - Documentos Ruella Ramos, Disponível em: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_3244. Acesso em: 16 jun. 2022.
ENEDINO, W. C. et al. A presença da ausência: a subalternidade na dramaturgia (bem) dita de Plínio Marcos. Prefácio de João Adalberto
Campato Jr. 1. ed. Campinas: Pontes Editores, 2021.ENEDINO, W, C. Entre o limbo e o gueto: literatura e marginalidade em Plínio Marcos. Campo Grande/MS: Ed. UFMS, 2009.
FIELD, S. Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Tradução Alvaro Ramos. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
HUTCHEON, L. Uma teoria da adaptação. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011.
MENDES, O. Bendito Maldito: uma biografia de Plínio Marcos. São Paulo: Leya, 2009.
NEVES, J. L. C. O crescimento económico português no pós-guerra: um quadro global Análise Social, vol. XXIXK (128), p. 1005-1034, 1994 (4.°). Disponível em: http://analisesocial.ics.ul.pt/documentos/1223378178X8sYF6cn2Bl69AP4.pdf. Acesso em: 13 jun. 2022.
OLIVEIRA, A. M. de; SILVA, A. R. da. A significação do silêncio em Quando as máquinas param, de Plínio Marcos, Revista Athena, [S. l.], v. 17, n. 2, 2019. Disponível em: https://periodicos.unemat.br/index.php/athena/article/view/4404. Acesso em: 14 maio. 2022.
QUANDO AS MÁQUINAS PARAM. (Parte I e II). Direção: Luís Filipe Costa. Argumento e diálogos: Pedro Belo e Luís Filipe Costa. Série “Em Lisboa uma Vez”. Portugal: RTP 1, 15 novembro 1985. 53 min. 45s. Colorido. Versão digital de filme feito para TV. Disponível em: https://arquivos.rtp.pt/conteudos/quando-as-maquinas-param-parte-i/ e https://arquivos.rtp.pt/conteudos/quando-as-maquinas-param-parte-ii/. Acessos em: 03 maio 2022.
PLÍNIO MARCOS. Quando as máquinas param. In: Plínio Marcos: obras teatrais: noites sujas. (Org.). Alcir Pécora. Rio de Janeiro: FUNARTE, 2016, p. 125-184. Disponível em: https://www.funarte.gov.br/wp-content/uploads/2020/01/Plinio-Marcos-V-2-Noites-sujas-WEB.pdf. Acesso em: 14 maio 2022.
PORTUGAL. MINISTÉRIO DAS FINANÇAS, SECRETARIA DE ESTADO DO TESOURO. Aspectos da evolução e da gestão da dívida pública em Portugal. Lisboa, 1991, p. 9. Disponível em: https://purl.sgmf.gov.pt/COL-MF-0025/1/COL-MF-0025_item1/COL-MF-0025_PDF/Aspectos1_revisto.pdf. Acesso em: 23 fev. 2023.
RATTNER, H. Inquérito sobre o Desemprego em São Paulo. Rev. adm. empres. 4 (12), Set 1964. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0034-75901964000300006. Acesso em: 10 maio 2022.
SOUSA, I. A. Televisão e ficção televisiva em Portugal (1974-1992). Do advento da democracia à liberalização da atividade televisiva. Tese (Doutorado). Porto: Universidade Lusófona do Porto, 2019. Disponível em: http://hdl.handle.net/10437/10022. Acesso em: 13 jun. 2022.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Trad. Sandra Regina Goulart Almeida et al. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2010.
XAVIER, Ismail. Do texto ao filme: a trama, a cena e a construção do olhar no cinema. In: PELLEGRINI, Tânia et al. Literatura, cinema e televisão. São Paulo: Editora Senac São Paulo: Instituto Itaú Cultural, 2003, p. 61-89.