Baudelaire against the grain:
uture versus modern in Haroldo de Campos’s critique
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.33.4.%25pKeywords:
Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Haroldo de Campos, Concrete poetry, modernityAbstract
At various times, concrete poetry was criticized for omissions or exclusions within the repertoire it sought to defend, particularly when it seemed to overlook some of the most paradigmatic poets of modern poetry. Augusto Massi, for instance, emphasizes the absence of Charles Baudelaire as revealing of the group’s actions. The French poet, however, plays a significant role, though not as a protagonist, in one of Haroldo de Campos’s best-known texts: “Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós-utópico”. In the reasoning developed in the essay, Baudelaire is responsible for carrying out the experience of modernity in its negative vocation. On the other hand, Stéphane Mallarmé, already “post-modern”, is capable of announcing the future through a syntactic and epistemological revolution. Contrasting Mallarmé with Baudelaire serves to reiterate the values of the avant-garde and project a certain poetics for the future, even though the essay declares the “end of the avant-gardes”. In this sense, the present work suggests that, in Haroldo de Campos’s hands, a reading of Baudelaire is produced. It focuses more on the author of Les Fleurs du Mal than on that of Spleen de Paris and is marked by a Brazilian context of reading Baudelaire’s work, associated with poetics that the concrete poets considered outdated. Moreover, to opt for another “revolution”, Baudelaire is confined within the limits of “modernity” and the “Hugoan revolution”.
References
BONNEFOY, Yves. Sous le signe de Baudelaire. Paris: Gallimard, 2011.
BONNEFOY, Yves. Le Siècle de Baudelaire. Paris: Seuil, 2014.
CAMPOS, Augusto de; PIGNATARI, Décio; CAMPOS, Haroldo de. Teoria da poesia concreta: textos críticos e manifestos 1950-1960. São Paulo: Duas Cidades, 1975.
CAMPOS, Augusto de. Charles Baudelaire: L’Albatros; O Albatroz. Londrina: Galileu Edições, 2018.
CAMPOS, Augusto de. Franceses: De Nerval a Roussel. Londrina: Galileu Edições, 2020.
CAMPOS, Haroldo de. Cartas de Haroldo de Campos a Inês Oseki-Dépré (1967-2003). Organização, revisão e notas: Inês Oseki-Dépré, com a colaboração de Vinícius Carneiro. Rio de Janeiro: Ed. UFRJ, 2022.
CAMPOS, Haroldo de. Poesia e modernidade: da morte da arte à constelação. O poema pós utópico. In: CAMPOS, Haroldo de. O arco-íris branco. São Paulo: Imago, 1997, pp. 243-269.
CANDIDO, Antonio. Os primeiros baudelairianos. In: CANDIDO, Antonio. A educação pela noite & outros ensaios. São Paulo: Ática, 1989, pp. 23-38.
DEGUY, Michel. La pietà Baudelaire. Paris: Belin, 2012.
FALEIROS, Álvaro. Bendito Baudelaire. Teresa, São Paulo, n. 15, pp. 43-52, 2015.
FRIEDRICH, Hugo. Estrutura da lírica moderna: da metade do século XIX a meados do século XX. Trad. Marise M. Curioni e Dora F. da Silva. São Paulo: Duas Cidades, 1978.
GLEIZE, Jean-Marie. Les chiens s’approchent, et s’éloignent. Alea, v. 9, n. 2, jul.-dez. 2007, pp.165-175.
JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. Trad. Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1974.
JAUSS, Hans Robert. Pour une esthétique de la réception. Trad. Claude Maillard. Paris: Gallimard, 1978.
JOHNSON, Barbara. Défigurations du langage poétique: la seconde révolution baudelairienne. Paris: Flammarion, 1979.
MALLARMÉ, Stéphane. Divagações. Trad. Fernando Scheibe. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2010.
MASSI, Augusto. Continuidade e Ruptura. Folha de S.Paulo, São Paulo, 08 dez. 1996, Caderno Mais!, 5º caderno, p. 6.
PIGNATARI, Décio. Poesia pois é poesia: 1950-2000. Cotia, SP: Ateliê Editorial; Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004.
RAYMOND, Marcel. De Baudelaire au surréalisme. Paris: José Corti, 1969.
ROUBAUD, Jacques. La Vieillesse d’Alexandre: Essai sur quelques états du vers français récent. Paris: Éditions Ivrea, 2000.
SISCAR, Marcos. De volta ao fim: O “fim das vanguardas” como questão da poesia contemporânea. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2016.



