A poética da incerteza de Carlos Drummond de Andrade em “A máquina do mundo”
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.29.2.183-209Palabras clave:
Carlos Drummond de Andrade, A máquina do mundo, incerteza, niilismo, modernoResumen
Resumo: O texto propõe uma leitura do poema “A máquina do mundo”, de Carlos Drummond de Andrade, que demonstra como o homem moderno só pode fazer diferença no mundo se assumir o devir (que entendemos a partir de Nietzsche) e ocupar os instantes de incertezas que o confrontam na estrada pedregosa que é, a rigor, a vida. E, como obra de arte que é, a experiência estética que o poema provoca conduz o leitor não apenas à compreensão do que seja um niilismo moderno, mas, antes, esgarça as hesitações e os limites da própria filosofia que se julga capaz de explicar as contradições do mundo.
Palavras-chave: Carlos Drummond de Andrade; A máquina do mundo; incerteza; niilismo; moderno.
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