Aproximações temáticas e estruturais em O homem (1887), de Aluísio Azevedo, e O papel de parede amarelo (1892), de Charlotte Perkins Gilman
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.31.4.291-314Palabras clave:
Aluísio Azevedo, Charlotte Perkins Gilman, Histeria, Século XIX, Teoria da IntertextualidadeResumen
Este artigo tenciona desenvolver uma leitura comparativa quanto aos métodos de composição da personagem feminina na prosa de ficção do fim do século XIX, aproximando dois autores de diferentes contextos: Aluísio Azevedo, brasileiro, vinculado ao naturalismo; e Charlotte Perkins Gilman, estadunidense, ativista pelos direitos das mulheres. Para tanto, valemo-nos do aporte teórico de Candido (2014), de alguns instrumentos da leitura intertextual aqui abordada a partir de Allen (2006) e Riffaterre (1980; 1987), e também do estudo de Ambra et al. (2018) para auxiliar na compreensão da histeria, reconhecida como tópos comum aos textos literários em questão.
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