As ilusões do sujeito em crise
a narrativa de A paixão segundo G.H. e os limites da subjetividade na sociedade capitalista
DOI:
https://doi.org/10.17851/2358-9787.32.1.171-185Palabras clave:
Teoria crítica, crise do sujeito, A paixão segundo G.HResumen
O objetivo desse artigo é a abordagem interpretativa de A paixão segundo G.H sob uma perspectiva social e materialista, tendo em vista, sobretudo, a teoria crítica adorniana. Nesse sentido, é possível destacar um caráter analítico diferenciado, uma vez que é incomum para a fortuna crítica dessa obra especificamente considerações que levem em conta o lastro histórico nacional. Divergindo dos estudos consagrados, essa pesquisa proposta tensiona leituras de Benedito Nunes e análises existencialistas propondo um diálogo questionador acerca das potencialidades do sujeito e da subjetividade quando a consciência se apresenta estagnada incapaz de transformar em práxis os rumos da sociedade capitalista adoecida.
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