A “Exposição do Centenário” em microcosmo
o vaudeville Surpresas da Exposição sobe à cena do Theatro Carlos Gomes
Palabras clave:
Exposição do Centenário, Rio de Janeiro – 1922, Exposições Universais, Gastão Tojeiro, Surpresas da Exposição, teatroResumen
Este artigo procura pensar a escrita e a exibição do vaudeville de Gastão Tojeiro Surpresas da Exposição, encenado no carioca Theatro Carlos Gomes pela Companhia Paschoal Segreto a partir de 23 de novembro de 1922 – portanto, durante a Exposição Internacional do Centenário da Independência. À maneira de uma revista de ano, gênero teatral popular no Rio de Janeiro das últimas décadas do século XIX às primeiras do XX, esta obra teatral procura revisitar o evento que altera a dinâmica da então capital federal a partir de 7 de setembro. A Exposição do Centenário compunha o rol das Exposições Universais, procurando inserir o Brasil no concerto mundial ocupado pelos países desenvolvidos. O vaudeville de Gastão Tojeiro tece uma bem-humorada crítica social ao evento, transformando o palco do Carlos Gomes em seu microcosmo. Realizaremos a análise da peça a partir do seu exemplar encaminhado à censura. Discorreremos sobre a sua temática e a construção dos tipos considerando os artigos publicados no período a respeito do evento, bem como a recepção crítica desta obra que foi um dos grandes sucessos teatrais de 1922.
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