A escrita de uma (quase) cena

a performance da narradora-escritora em Pré-história

Autores/as

  • Elisabete Alfeld Pontifícia Universidade Católica de São Paulo
  • Priscila Simeão Silva Maduro Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.32.2.350-368

Palabras clave:

Pré-história, livro-sombra, encenação, performance, autoficção

Resumen

Em Pré-história (Paloma Vidal 2020) a narradora-escritora não escreve o que quer, escreve outro livro que caracteriza como livro-sombra. Nesse livro-sombra, qual é o perfil dessa narradora? Que história escreve? Quais são os contornos desse sujeito que se mostram na enunciação? Tais questões alinham-se aos objetivos norteadores desse estudo, que consistem em investigar, no processo criativo da obra, a construção performática da escrita e da presença autoral. A análise prioriza o lugar da palavra na escrita literária, assim como o contorno do sujeito que se mostra na enunciação. Ambos atuam na página que se configura como um espaço cênico onde ocorre a dramatização da palavra e da narradora-escritora.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AGAMBEN, G. Estâncias: a palavra e o fantasma na cultura ocidental. Tradução de Selvino José Assmann. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2007.

AGAMBEN, G. Ninfas. Tradução de Antonio Gimeno Cuspinera. Valencia, Espanha: Imprenta Kadmos, 2010.

AGAMBEN, G. O que é o contemporâneo e outros ensaios. Tradução de Vinicius Nicastro Honesko. Chapecó: Argos, 2009.

BARTHES, R. O rumor da língua. Tradução de Mário Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

BENJAMIN, W. Obras escolhidas II. Rua de mão única. 2 ed. Tradução de Rubens Rodrigues Torres Filho e José Carlos Martins Barbosa. São Paulo: Brasiliense, 1995.

BLANCHOT, M. A conversa infinita 2 - A experiência limite. Tradução João Moura Jr. São Paulo: Escuta. 2007.

BLANCHOT, M. A parte do fogo. Tradução de Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 2011a.

BLANCHOT, M. O espaço literário. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 2011b.

DELEUZE, G. Conversações. Tradução de Peter Pál Perbart. São Paulo: Editora 34, 2017.

DELEUZE, G. Crítica e clínica. Tradução de Peter Pál Pelbart. São Paulo: Editora 34, 2011.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Kafka: Por uma literatura menor. Tradução de Cintia Vieira da Silva. Belo Horizonte: Autêntica. 2022.

FOUCAULT, M. A escrita de si. In: O que é um autor? Tradução de Antonio Fernando Cascais e Eduardo Cordeiro. Lisboa: Passagens, 1984, p. 128-160.

FOUCAULT, M. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Tradução de Ines Autran Dourado Barbosa. 2ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

DIDI-HUBERMAN. G. Remontagens do tempo sofrido. O Olho da história. vol. II. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2018.

FUKS, J. A Era da pós-ficção: notas sobre a insuficiência da fabulação no romance contemporâneo. In: DUNKER, Christian et al. Ética e pós-verdade. Porto Alegre: Dublinense, 2017.

GAGNEBIN, J.M. Lembrar escrever esquecer. São Paulo: Editora 34, 2006.

KLINGER, D. I. Escritas de si como performance. Revista Brasileira da literatura comparada, v. 10, n. 12, p. 43-61, 2008. Disponível em: https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/178. Acesso em: 09 05. 2022.

MOLLOY, Sylvia. Acto de presencia: La escritura autobiográfica en Hispanoamérica. México: Fondo de cultura económica, 1996.

SHOLLHAMMER, K. E. O sujeito em cena. In: Ficção brasileira contemporânea. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

VIDAL, P. Pré-história. Rio de Janeiro: 7Letras, 2020.

Publicado

2024-04-23