Vidas secas e o ensaio de interpretação social
uma comparação com Os sertões
DOI :
https://doi.org/10.17851/2358-9787.29.1.199-217Mots-clés :
Vidas secas, Os sertões, ensaio de interpretação social, narrador sincero, indireto livreRésumé
Resumo: O artigo analisa de modo comparativo o romance Vidas secas, de Graciliano Ramos, e o ensaio de interpretação social Os sertões, de Euclides da Cunha. Através da comparação das estratégias compositivas e narrativas presentes nos dois livros, como o “narrador sincero” de Os sertões e o uso do indireto livre em Vidas secas, o artigo mostra aproximações e diferenças entre os dois clássicos brasileiros. Também são comparadas as perspectivas intelectuais que orientam o romance e o ensaio, no cientificismo de Euclides da Cunha e na perspectiva sociologicamente crítica adotada por Graciliano Ramos. O artigo ressalta as diferenças também na perspectiva social dos autores, através da análise da representação da violência institucional do Estado nas duas obras. As análises foram realizadas com o apoio de discussões presentes em Willi Bolle, Luís Bueno, Antonio Candido, Miriam Gárate e Luiz Costa Lima, entre outros.
Palavras-chave: Vidas secas; Os sertões; ensaio de interpretação social; narrador sincero; indireto livre.
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