Antropofagias horizontais

Silviano e Machado

Autori

  • Ivete Lara Camargos Walty Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.31.1.07-27

Parole chiave:

metáforas, movimentos antropofágicos, projetos literários, territorialidades

Abstract

Na pesquisa “Territorialidades literárias: projetos em diálogo”, tenho investigado a configuração de projetos de escrita de autores brasileiros em sua relação com os conceitos de literatura, nação, intelectual/escritor e sua atuação no espaço público, considerando sempre suas transformações no horizonte da relação estética, ética e política. Para isso, utilizo como operadores de leitura os conceitos de território, mapa, circuito, recursividade e movimentos antropofágicos. Considerando com Raffestin (1993, apud CANDIOTTO; SANTOS, 2008, p. 160) que a territorialidade pode ser definida como um conjunto de relações que se originam num sistema tridimensional sociedade-espaço-tempo, no presente trabalho estudo a relação entre as obras de Silviano Santiago e Machado de Assis, traçando esboços de seus projetos literários, tomados por si mesmos como territorialidades. Busco, então, investigar as metáforas que articulam a construção dos textos de Santiago em sua composição híbrida, traçando também sinalizadores de territorialidades outras, sobretudo aquelas que dizem respeito ao lugar da literatura no Brasil, seus agentes e objetos.

Downloads

I dati di download non sono ancora disponibili.

Riferimenti bibliografici

BARTHES, R. “Escrever a leitura”. In: O Rumor da Língua. São Paulo: Martins Fontes, 2004, p.29.

BARTHES, R. Escritos sobre teatro: textos reunidos e apresentados por Jean-Loup Rivière. Tradução de Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

BENJAMIN, W. Teses sobre a filosofia da história. In: Obras escolhidas. V.1. Magia e técnica, arte e política. Tradução de Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo: Brasiliense, 1987, p. 222-232.

BRANDT, P. A. D’où vient le sens ? – Remarques sur la sémio-phénoménologie de Greimas. 2018. Disponível em: http://www.academia.edu/6819523/From_linguistics_to_sémiotics._Hjelmslevs_fortunate_error Consultado em 01/08/2019.

BRANDT, P. A. From gesture to theatricality: on enunciation and the art of being visible. In: BRANDT, P. A. Spaces, domains, and meaning: essays in cognitive semiotics. European Se-miotics Series Vol. 4. Peter Lang, 2004. p. 211-233.

CANDIDO, A. A natureza da metáfora. O estudo analítico do poema. São Paulo: Humanitas, 1996.

CANDIOTTO, L. Z. P.; SANTOS, R. A. Experiências geográficas em torno de uma abordagem territorial. In: SAQUET, Marco Aurelio; SPOSITO, Eliseu Savério (Org.) Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular: UNESP, 2008.

DERRIDA, J. Gramatologia. Tradução de Mirim Schnaiderman e Renato Janine Ribeiro. São Paulo: Perspectiva/USP, 1973.

JOHNSON, M. The Body in the Mind: the Bodly Basis of Meaning, Imagination, and Reason. Chicago: The University of Chicago Press, 1987.

JOHNSON, M. The Meaning of the Body: A esthetics of human undestanding. Chicago: The University of Chicago Press, 2007.

MACHADO DE ASSIS, José Maria. Tempo de crise. In: Outros contos. Obra completa v. 2. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

ORTIZ, F. Contrapunteo cubano del tabaco y el Azucar. Habana: Direccion de publicaciones Universidad Central de las Villas, 1963.

RAMA, A. Transculturacion narrativa en America latina. Montevideo: Siglo Veintiuno/ Fundacion Angel Rama, 1989.

RANCIÈRE, J. O desentendimento: política e filosofia. Tradução de Ângela Leite Lopes. São Paulo: Editora 34, 2018.

SAID, E. Humanismo e crítica democrática. Tradução de Rosana Eichenberg. São Paulo: Companhia das Letras, 2004.

SANTIAGO, S. Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.

SANTIAGO, S. Apesar de dependente, universal. In: Vale quanto pesa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982, p. 13-24.

SANTIAGO, S. “Anatomia da formação. A literatura brasileira à luz do pós-colonialismo”. Folha de São Paulo/Ilustríssima, 2014, p.4-5. Disponível em http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrissima/184397-anatomia-da-formacao.shtml?origin=folha. Consultado em 30 de março de 2020.

SANTIAGO, S. O cosmopolitismo do pobre. Belo Horizonte: Editora da UFMG, 2004.

SANTIAGO, S. Por que e para que viaja o europeu? In. Nas malhas da letra. Rio de Janeiro: Rocco, 1989.

SANTIAGO, S. Uma literatura nos trópicos. São Paulo: Perspectiva. 1978.

SCHWARZ, R. As ideias fora do lugar. In: Ao vencedor as batatas. São Paulo: Duas cidades, 1975.

Pubblicato

2024-04-23

Fascicolo

Sezione

Sumário