A Rosa do Mato, de Cruz e Silva

um conto ovidiano

Autores

  • Mariana Gois Neves Universidade de Friburgo-Suíça

DOI:

https://doi.org/10.17851/2358-9787.19.2.97-106

Palavras-chave:

Ovidio, Cruz e Silva, Arcádia lusitana

Resumo

Neste trabalho, faz-se uma análise diferencial entre a Metamorphose VIII de Cruz e Silva (1731-1799), intitulada Rosa do Mato, e a fábula Píramo e Tisbé, do Livro IV das Metamorfoses de Ovídio. O objectivo é saber qual o contexto que presidiu à elaboração da Rosa do Mato, as motivações que levaram o poeta português a distanciar-se do modelo latino. Os aspectos analisados incidem no processo de encadeamento narrativo de cada uma das histórias ou nas técnicas narrativas adoptadas, no cenário, neste caso a Babilónia e a floresta brasileira; no estatuto das personagens; na voz do narrador, sem esquecer o desenlace final e o significado da metamorfose em ambos textos. Como conclusão, falar-se-á do contexto vivencial de Cruz eSilva e das influências que determinaram as suas opções, respectivamente as suas estadias no Brasil e o cruzamento do romantismo brasileiro com o neoclassicismo e com a lírica peninsular medieval.

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Referências

Edições completas

PUBLIO OVIDIO NASONE. Le metamorfosi. Milano: Mondadori, 2007. 2 v.

SILVA, Antonio Diniz da Cruz e. Poesias de Antonio Diniz da Cruz e Silva. Lisboa: Imprensa Régia, 1814.

Obras teóricas

LOPES, Óscar; SARAIVA, António José. História de literatura portuguesa. Porto: Porto Editora, 1982.

OLIVEIRA MARQUES, A. H. de. História de Portugal. Lisboa: Editorial Presença, (1995), 2003.

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Publicado

2010-12-31