Relações sociais não tematizadas na educação

um ensaio sobre a relação professor e aluno

Autores

Palavras-chave:

Relações sociais não tematizadas, Educação escolar, Existência, Intensidades

Resumo

Trata-se de um artigo de viés ensaístico que tenta apontar a impressão de que a instituição escolar habita uma densa crise existencial. A suposição que norteia essa reflexão visa à crise na educação escolar como uma aparência que costuma continuar velada na maior parte dos discursos críticos acerca da escolarização atual: o afastamento do sentido humano ontológico-social e do significado da experiência escolar que relacionam intersubjetividades professor-estudante, os quais chamaremos de Relações sociais não tematizadas. A relação professor-estudante se apresenta, aqui, no seu sentido ontológico, ou seja, como categoria fundante do ser social que problematiza a educação como uma relação ontológica do ser humano com o trabalho e com a alteridade. Portanto, não se refere ao tratamento de uma pedagogia, mas em enfatizar que o conhecimento só tem valor quando é capaz de dar sentido a existência humana. A investigação nesta atividade será realizada, de um lado, a partir de conceito recentemente desenvolvido, as relações sociais não tematizadas. De outro, a partir de uma tentativa de aplicação desse conceito nas nossas experiências em escolas, nas quais atuamos como psicólogo da educação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Vinicius Miranda Barros, Universidade Federal da Bahia - UFBA

Mestrando em Filosofia pela Universidade Federal da Bahia - UFBA, com pesquisas na filosofia de Jean-Paul Sartre. Graduado em Psicologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS. Membro do GT de Filosofia Francesa Contemporânea, da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia - ANPOF, e integrante do grupo de pesquisa 'Fenomenologia e Existencialismo', da Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF/CNPq. Foi bolsista do projeto de pesquisa 'Sartre e as fronteiras da escolha', financiado pelo CNPq/UEFS. Fez parte da equipe editorial da Revista Ideação do Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas Em Filosofia - NEF/UEFS. Foi editor-chefe da Revista Sísifo de divulgação filosófica. Atua principalmente nas seguintes áreas e temas: existencialismo, fenomenologia, filosofia da psicologia, filosofia social, corpo e subjetividade.

Referências

HUSSERL, Edmund. Meditações cartesianas: introdução à fenomenologia. Porto: RÉS, 2001.

LACAN, Jacques. O seminário. Livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.

LE BRETON, David. Antropologia das Emoções. Petrópolis: Vozes, 2019.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Phénoménologie de la Perception. Paris: Gallimard, 1945.

OECD. (2014). TALIS 2013 Results: An International Perspective on Teaching and Learning, TALIS, OECD Publishing, Paris, 2014. Disponível em: <https://doi.org/10.1787/9789264196261-en>. Acesso em: 20/10/2018.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Os desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE: Produções Didático-Pedagógicas. Cadernos PDE. Vol. II. Curitiba: SEED/PR, 2016, p. 10.

PARRINI, Luigi. (2017). Culpa do fracasso escolar gera discursos conflitantes. Agência USP de Notícias. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2017. Disponível em: <http://www.usp.br/agen/?p=5934>. Acesso em: 14/11/18.

PATTO, Maria Helena Souza. A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1999.

SANTO AGOSTINHO. Confissões. (Os Pensadores). São Paulo: Nova Cultural, 1987.

Downloads

Publicado

2021-10-07