Formação moral e conformismo ativo em Gramsci
Mots-clés :
ANTONIO GRAMSCI (1891-1937), FORMAÇÃO MORAL, CONFORMISMO ATIVORésumé
O pensador italiano Antonio Gramsci (1891-1937), preocupado com a distância entre a escola e a vida e, ao mesmo tempo, crítico da divisão entre uma escola destinada às classes superiores e outra às classes inferiores, porque levava a perpetuar as desigualdades sociais, tem, certamente, algo a nos dizer atualmente quando na pauta dos debates sobre a educação aparece a questão do significado da escola na vida dos estudantes. Sua proposta de criação de uma escola única e pública voltada à formação de todos os indivíduos, sem distinção de classes, parece caminhar ao encontro dos anseios democráticos do mundo atual. Não se trata apenas de qualificar o trabalhador para inseri-lo no mercado de trabalho, mas de diminuir a distância entre governantes e governados. Para tanto, é necessário tornar ativos os indivíduos para que não participem passivamente das transformações impostas pelo progresso social. Não há dúvida de que seja necessário produzir uma nova adaptação social, isto é, um novo conformismo, mas é preciso que seja um conformismo ativo. Pensar a educação como formação moral significa colocar o problema da iniciativa da ação humana na sociedade, para que os indivíduos se tornem agentes e não sejam apenas instrumentos das transformações.
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