Prevalência de lesões crônicas de município da zona da mata mineira (brasil)

Autores

  • Eline Lima Borges Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Básica, Belo Horizonte MG , Brazil, Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG, Escola de Enfermagem – EE, Departamento de Enfermagem Básica – ENB, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Belo Horizonte, MG – Brasil
  • Helio Martins do Nascimento UFMG, EE, Curso de Especialização em Enfermagem de Média e Alta Complexidade/ Estomaterapia, Belo Horizonte MG , Brazil, UFMG, EE, Curso de Especialização em Enfermagem de Média e Alta Complexidade/ Estomaterapia. Belo Horizonte, MG – Brasil
  • José Ferreira Pires UFMG, EE, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Belo Horizonte MG , Brazil, UFMG, EE, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Belo Horizonte, MG – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v22i1.49615

Palavras-chave:

Prevalência, Cuidados de Enfermagem, Perfil de Saúde, Ferimentos e Lesões, Saúde da Família, Atenção Primária à Saúde

Resumo

Os objetivos do estudo foram estimar a prevalência de lesões crônicas de um município de Minas Gerais (MG), identificar o perfil clínico, epidemiológico e sociodemográfico dos pacientes com lesão e descrever as características das lesões e o tratamento recebido. Trata-se de estudo epidemiológico, descritivo exploratório, transversal realizado em um município de médio porte da Zona da Mata de MG, com amostra de 104 participantes com lesão crônica provenientes das 25 equipes de Estratégia de Saúde da Família e dos sete Postos de Saúde do referido município que atenderam aos critérios de inclusão. Para a coleta de dados os participantes passaram por avaliação clínica, incluindo a avaliação da lesão e alguns dados foram extraídos do prontuário. A prevalência estimada de lesões crônicas foi de 0,164% (1,64/1.000 habitantes), os participantes tinham idade média de 66,6 anos; a maioria eram mulheres; com baixa escolaridade e renda mensal. A maioria possuía doenças associadas e fazia uso de um ou mais medicamentos. O tempo médio de existência das lesões foi de dois anos e a maioria estava localizada nas pernas e era de etiologia venosa, sendo tratadas com pomadas. O médico era o principal responsável pelo tratamento e as trocas de curativos eram realizadas pelo paciente ou cuidador. Concluiu-se que a prevalência obtida foi compatível com a literatura e os resultados obtidos subsidiarão os enfermeiros e gestores na organização da rede de assistência ao usuário com lesão crônica do município onde a pesquisa foi realizada. Recomenda-se a realização de estudos semelhantes em outros municípios para comparação de dados.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Evangelista DG, Magalhães ERM, Moretão DIC, Stival MM, Lima LR. Impacto das lesões crônicas na qualidade de vida de usuários da estratégia de saúde da família. Rev Enferm Cent-Oeste Min. 2012[citado em 2017 jun. 20];2(2):254-63. Disponível em: http://www.seer.ufsj.edu.br/index.php/recom/article/view/15/308

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE. Cidades: Minas Gerais: Conselheiro Lafaiete. Brasília: IBGE; 2016[citado em 2017 jun. 20]. Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun=311830&search=minas-gerais|conselheiro-lafaiete

Ministério da Saúde (BR). Portal do Departamento de Atenção Básica. Brasília: MS; 2016[citado em 2017 jun. 20]. Disponível em: http://www.http://dab.saude.gov.br/portaldab/

Mourão Júnior CA. Questões em bioestatística: o tamanho da amostra. Rev Interdisciplinar Estudos Experimentais. 2009[citado em 2017 jun. 20];1(1):26-8. Disponível em: http://riee.ufjf.emnuvens.com.br/riee/article/viewFile/545/494

Conselho Nacional de Saúde (BR). Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Trata de pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196. Diário Oficial da União, 13 jun. 2013[citado em 2017 jun. 20]. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html

Santos ICRV, Souza MAO, Andrade LNVA, Lopes MP, Silva MFAB, Santiago RT. Caracterização do atendimento de pacientes com lesões na Atenção Primária. Rev RENE. 2014[citado em 2017 jun. 20];15(4):613-20. Disponível em: http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/view/1077/1039

Gottrup F. A specialized wound-healing center concept: importance of a multidisciplinary department structure and surgical treatment facilities in the treatment of chronic wounds. Am J Surg. 2004[citado em 2018 ago. 15];187(5):S38-43. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15147991

Passadouro R, Sousa A, Santos C, Costa H, Craveiro I. Características e prevalência em cuidados de saúde primários das lesões crónicas. Rev SPDV. 2016 [citado em 2018 ago. 15];74(1):45-51. Disponível em: http://revista.spdv.com.pt/index.php/spdv/article/view/514

Graves N, Zheng H. The prevalence and incidence of chronic wounds: a literature review. Wound Practice Research. 2014[citado em 2018 ago. 15];22(1):4-19. Disponível em: http://www.woundsaustralia.com.au/journal/2201_01.pdf

Lima NBA, Agra G, Sousa ATO, Gouveia BLA. Perfil sociodemográfico, clínico e terapêutico de pacientes com lesões agudas e crônicas. Rev Enferm UFPE online. 2016[citado em 2018 ago. 15];10(6):2005-17. Disponível em: http://www.revista.ufpe.br/revistaenfermagem/index.php/revista/article/viewArticle/9096

Järbrink K, Ni G, Sönnergren H, Schmidtchen A, Pang C, Bajpai R, et al. Prevalence and incidence of chronic wounds and related complications: a protocol for a systematic review. Systematic Reviews. 2016[citado em 2018 ago. 15];5:152. Disponível em: https://systematicreviewsjournal.biomedcentral.com/articles/10.1186/s13643-016-0329-y

Oliveira BGRB, Nogueira GA, Carvalho MR, Abreu AM. Caracterização dos pacientes com úlcera venosa acompanhados no ambulatório de reparo de lesões. Rev Eletrônica Enferm. 2012[citado em 2018 ago. 15];14(1):156-63. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v14/n1/v14n1a18.htm

Bezerra SMG, Barros KM, Brito JA, Santana WS, Moura ECC, Luz MHBA. Caracterização de lesões em pacientes acamados assistidos pela Estratégia Saúde da Família. Rev Interdiscip. 2013[citado em 2018 ago. 15];6(3):105-14. Disponível em: http://revistainterdisciplinar.uninovafapi.edu.br/index.php/revinter/article/view/95/pdf_38

Sant'Ana SMSC, Bachion MM, Santos QR, Nunes CAB, Malaquias SG, Oliveira BGRBO. Úlceras venosas: caracterização clínica e tratamento em usuários atendidos em rede ambulatorial. Rev Bras Enferm. 2012[citado em 2018 jan. 25];65(4):637-44. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reben/v65n4/a13v65n4.pdf

Freitas LRS, Garcia LP. Evolução da prevalência do diabetes e deste associado à hipertensão arterial no Brasil: análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, 1998, 2003 e 2008. Epidemiol Serv Saúde. 2012[citado em 2018 jan. 25];21(1):7-19. Disponível em: http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742012000100002

Graves N, Zheng H. The prevalence and incidence of chronic wounds: a literature review. Wound Practice Research. 2014[citado em 2018 jan. 25];22(1):4-19. Disponível em: http://www.woundsaustralia.com.au/journal/2201_01.pdf

Skerritt L, Moore Z. The prevalence, aetiology and management of wounds in a community care area in Ireland. Br J Community Nurs. 2014[citado em 2018 jan. 25]; Suppl:S11-7. Disponível em: http://www.lenus.ie/hse/handle/10147/582572

Malaquias SG, Bachion MM, Sant'Ana SMSC, Dallarmi CCB, Lino Junior RS, Ferreira PS. Pessoas com úlceras vasculogênicas em atendimento ambulatorial de Enfermagem: estudo das variáveis clínicas e sociodemográficas. Rev Esc Enferm USP. 2012[citado em 2018 jun. 13];46(2):302-10. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v46n2/a06v46n2.pdf

Meaume S, Kerihuel JC, Fromantin I, Téot L. Workload and prevalence of open wounds in the community: French Vulnus initiative. J Wound Care. 2012[citado em 2018 jun. 13];21(2):62-73. Disponível em: http://www.magonlinelibrary.com/doi/abs/10.12968/jowc.2012.21.2.62

Jiang Y1, Huang S, Fu X, Liu H, Ran X, Lu S, et al. Epidemiology of chronic cutaneous wounds in China. Wound Repair Regen. 2011[citado em 2018 jun. 13];19(2):181-8. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1524-475X.2010.00666.x/pdf

Heyer K, Herberger K, Protz K, Glaeske G, Augustin M. Epidemiology of chronic wounds in Germany: analysis of statutory health insurance data. Wound Repair Regen. 2016[citado em 2018 jun. 13];24(2):434-42. Disponível em: http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/wrr.12387/pdf

Abreu AM, Renaud BG, Oliveira B. Atendimento a pacientes com lesões crônicas nas salas de curativo das policlínicas de saúde. Rev Bras Pesqui Saúde. 2013[citado em 2018 jun. 13];15(2):42-9. Disponível em: http://periodicos.ufes.br/RBPS/article/view/5673/4120

Sen CK, Gordillo GM, Roy S, Kirsner R, Lambert L, Hunt TK, et al. Human skin wounds: a major and snowballing threat to public health and the economy. Wound Repair Regen. 2009[citado em 2018 jan. 25]. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/j.1524-475X.2009.00543.x

Posnett J, Franks PJ. The burden of chronic wounds in the UK. Nurs Times. 2008[citado em 2018 jun. 13];104(3):44-5. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18293879?dopt=Abstract

Publicado

06-12-2018

Como Citar

1.
Borges EL, Nascimento HM do, Pires JF. Prevalência de lesões crônicas de município da zona da mata mineira (brasil). REME Rev Min Enferm. [Internet]. 6º de dezembro de 2018 [citado 8º de setembro de 2024];22(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49615

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)