Atenção primária à saúde

ordenadora da integração assistencial na rede de urgência e emergência

Autores

  • Carla Da Ros Prefeitura de Curitiba, Secretaria Municipal de Saúde, Curitiba PR , Brazil, Prefeitura de Curitiba, Secretaria Municipal de Saúde. Curitiba, PR – Brasil
  • Aida Maris Peres Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Curitiba PR , Brazil, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR – Brasil
  • Elizabeth Bernardino Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Curitiba PR , Brazil, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR – Brasil
  • Ingrid Margareth Voth Lowen Universidade Federal do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Curitiba PR , Brazil, Universidade Federal do Paraná – UFPR, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Curitiba, PR – Brasil
  • Paulo Poli Universidade Federal do Paraná, Departamento de Saúde Comunitária, Curitiba PR , Brazil, UFPR, Departamento de Saúde Comunitária. Curitiba, PR – Brasil
  • Maria Eliete Batista Moura Universidade Federal do Piauí, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Teresina PI , Brazil, Universidade Federal do Piauí – UFPI, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem. Teresina, PI – Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5935/1415-2762.20180066

Palavras-chave:

Integração de Sistemas, Atenção Primária à Saúde, Acesso aos Serviços de Saúde

Resumo

A atenção primária à saúde (APS) é considerada a principal porta de entrada na rede assistencial à saúde, no entanto, apresentam-se dificuldades para efetivá-la como tal. Portanto, o objetivo do artigo é analisar a integração entre unidade de saúde (US) e unidade de pronto-atendimento (UPA), tendo a APS como ordenadora da rede de urgência e emergência (RUE). Trata-se de pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Na coleta de dados foram realizadas 49 entrevistas com médicos, enfermeiros e gestores de saúde, entre fevereiro e junho de 2015, em uma capital da região Sul do Brasil. Do processamento dos dados para a análise textual realizado pelo software IRAMUTEQ resultaram quatro classes: comunicação formal e informal na organização de saúde; acesso da população aos serviços de saúde; integração entre a US e a UPA; funções da US e da UPA na rede de atenção à saúde. A pesquisa revelou que a integração do cuidado entre a APS e a UPA mostra-se frágil e desarticulada com os outros serviços que compõem a rede assistencial à saúde, potencializado pela indefinição das atribuições de cada componente da RUE pelos gestores do sistema e profissionais assistenciais e a sobreposição de funções entre a US e a UPA.

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Publicado

10-12-2018

Edição

Seção

Pesquisa

Como Citar

1.
Atenção primária à saúde: ordenadora da integração assistencial na rede de urgência e emergência. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 10º de dezembro de 2018 [citado 22º de janeiro de 2025];22(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49620

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