Características do processo de trabalho do enfermeiro da estratégia de saúde da família
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v18i2.50156Palavras-chave:
Enfermagem, Prática Profissional, Programa Saúde da Família, Pesquisa em Administração de EnfermagemResumo
Pesquisa descritiva de caráter qualitativo que utilizou como técnica de coleta de dados a observação sistemática não participante. O estudo teve como objetivo caracterizar as atividades laborais desenvolvidas pelos enfermeiros que atuam na Estratégia Saúde da Família (ESF) em uma unidade de saúde em um município do Sul do Brasil, de acordo com as cinco dimensões do processo de trabalho em enfermagem: participar politicamente, assistir, administrar, pesquisar e ensinar. Foram observadas e registradas as atividades laborais de quatro enfermeiros durante uma semana. Os resultados foram analisados e categorizados de acordo com as cinco dimensões do processo de trabalho do enfermeiro, segundo seu objeto e suas finalidades, respectivamente. Verificou-se que o enfermeiro teve seu tempo mais direcionado para a dimensão assistir (41,9%), seguido por administrar (32,5%), ensinar (20%) e participar politicamente (2,5%). Embora reconhecida como essencial para a prática profissional, não foi registrada alguma atividade de pesquisa desenvolvida pelos enfermeiros. Em divergência à literatura consultada para a fundamentação teórica desta pesquisa, verificou-se que os enfermeiros dedicaram mais tempo à assistência que à gerência e mesmo as atividades gerenciais estavam diretamente ligadas à dimensão assistir, pois se referiram ao gerenciamento do cuidado. A ESF é um espaço privilegiado para a prática do ensino e a atuação no serviço público confere, ao enfermeiro, mais oportunidades para a participação política. Considera-se que a parceria entre a universidade e as instituições de saúde, integrando o ensino ao serviço, possibilitaria a aproximação dos enfermeiros com a dimensão pesquisar.Downloads
Referências
Brasil. Portaria nº 2.488/2011 de 21 outubro de 2011. Aprova a Política
Nacional da Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes e normas
para a organização da atenção básica, para a Estratégia Saúde da Família
(ESF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS). [Citado em
set. 20]. Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/
geral/pnab.pdf
Curitiba. Secretaria Municipal da Saúde. Instrução Normativa nº 2 de 11
de dezembro de 2013. Estabelece a prescrição de medicamentos, exames,
condutas e procedimentos a serem adotados pelos enfermeiros da Secretaria
Municipal da Saúde de Curitiba. [Citado em 2014 set. 20]. Disponível em:
http://www.saude.curitiba. pr.gov.br/index.php/ carta-do-sus/instrucaonormativa-da-enfermagem
Curitiba. Secretaria Municipal de Saúde. Consenso sobre as Atribuições
de Enfermagem na Atenção Primária à Saúde de Curitiba. Curitiba (PR):
Prefeitura Municipal de Curitiba; 2012.
Sanna MC. Os processos de trabalho na Enfermagem. Rev Bras Enferm. 2007
mar/abr; 60(2):221-4.
Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.
ed. São Paulo: Hucitec; 2012.
Pope C, Mays N. Pesquisa qualitativa na atenção à saúde. 3ª ed. Porto Alegre:
Artmed; 2009.
Brasil. Lei nº 7.498 de 25 de junho de 1986. Dispõe sobre o Exercício da
Enfermagem, e dá outras providências. [Citado em 2010 set. 20]. Disponível
em: http://www.corenpr.org.br/legislacao.
Santos EM, Morais SHG. A visita domiciliar na Estratégia da Saúde da Família:
percepção de enfermeiros. Cogitare Enferm. 2011 jul/set; 16(3):492-7.
Haussmann M, Peduzzi M. Articulação entre as dimensões gerencial e
assistencial do processo de trabalho do enfermeiro. Texto Contexto Enferm.
abr/jun; 18(2):258-65.
Brasil. Ministério da Saúde. Auditoria no SUS: noções básicas sobre sistemas
de informação. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 2004.
Carvalho ALB. Informação em saúde como ferramenta estratégica para
qualificação da gestão e fortalecimento do controle social no SUS. Tempus
Actas de Saúde Coletiva. 2009 jul/set; 3(3):16-30.
Grando MK, Dall’agnol CM. O processo grupal em reuniões de equipe no
PSF. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2010 jul/set; 14(3):504-10.
Pontes AC, Leitao IMTA, Ramos IC. Comunicação terapêutica em
Enfermagem: instrumento essencial do cuidado. Rev Bras Enferm. 2008;
(3):312-8.
Vieira FS. Avanços e desafios do planejamento no Sistema Único de Saúde.
Ciência & Saúde Coletiva. 2009; 14(1):1565-77.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Coletânea de
Normas para o Controle Social no Sistema Único de Saúde. 2ª ed. Brasília:
Editora do Ministério da Saúde; 2006.
Curitiba. Secretaria Municipal de Saúde. Relatório Anual de Gestão 2008.
Curitiba, 2009. [Citado em 2010 set. 20]. Disponível em:http://sitesms.
curitiba.pr.gov.br/saude/sms.pdf
Santos APL, Galery AD. Controle sobre o trabalho e saúde mental: resgatando
conceitos, pesquisas e possíveis relações. Cad Psicol Soc Trab. 2011; 14(1):31-41.
Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Princípios e
diretrizes para a gestão do trabalho no SUS (NOB/RH-SUS). 3ª ed. Brasília:
Editora do Ministério da Saúde; 2005.
Silveira MR, Sena RR, Oliveira SR. O processo de trabalho das equipes de
saúde da família: implicações para a promoção da saúde. REME - Rev Min
Enferm. 2012 abr/jun; 15(2):196-201.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2014 Reme: Revista Mineira de Enfermagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.