Fragilidades e potencialidades da rede de atendimento às mulheres em situação de violência por parceiro íntimo

Autores

  • Walquiria Jesusmara dos Santos Universidade Federal de São João Del-Rei, Divinópolis MG , Brazil, Enfermeira. Doutoranda. Professora Assistente. Universidade Federal de São João Del-Rei - UFSJ, Campus Centro-Oeste Dona Lindu - CCO, Curso de Enfermagem. Divinópolis, MG - Brasil, Universidade Federal de São João del-Rei
  • Maria Imaculada de Fátima Freitas Universidade Federal de Minas Gerais, Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública, Belo Horizonte MG , Brazil, Enfermeira. Doutora em Ciências da Educação. Professora Titular. Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG, Escola de Enfermagem - EE, Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e Saúde Pública. Belo Horizonte, MG - Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v21i1.49851

Palavras-chave:

Violência Contra a Mulher, Violência Doméstica, Rede Social, Colaboração Intersetorial

Resumo

O objetivo foi conhecer como ocorre a interação de mulheres em situação de violência com os serviços integrantes da rede institucional de atendimento à violência numa capital brasileira e as fragilidades e potencialidades desses serviços. Estudo qualitativo desenvolvido com 12 mulheres em situação de violência doméstica perpetrada por parceiro íntimo, acompanhadas em centro de referência no atendimento à mulher, em Belo Horizonte, Minas Gerais. A análise das entrevistas resultou em categorias relativas às fragilidades dos serviços da rede de atendimento, às dificuldades encontradas pelas mulheres na busca por assistência e aos aspectos que facilitaram sua inserção na rede e que se constituíram em potencialidades dos serviços na assistência a essa população. Os resultados mostram a importância da articulação entre os serviços da rede de atendimento e da capacitação dos profissionais para a assistência a essas mulheres, bem como a interlocução do serviço de referência analisado com outras instituições.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Ambriz-Mora MI, Zonana-Nacach A, Anzaldo-Campos MC. Factores asociados a violencia doméstica en mujeres mexicanas vistas en primer nivel atención. SEMERGEN - Medicina de Familia. 2015[citado em 2017 jan. 15];41(5):241-6. Disponível em: https://medes.com/publication/101153

Ministério da Saúde (BR). Lei Maria da Penha: Lei nº 11340 de 7 de agosto de 2006. Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. [Citado em 2017 fev. 02]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

Presidência da República (BR). Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília: Presidência da República; 2011.

World Health Organization - WHO. Preventing intimate partner and sexual violence against women: taking action and generating evidence. Geneva: World Health Organization; 2010.

Dutra ML, Villela WV. O setor saúde e a configuração da rede social de mulheres em situação de violência doméstica. BIS Bol Inst Saúde. 2012[citado em 2017 jan. 15];14(3):266-73. Disponível em: http://periodicos.ses.sp.bvs.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-18122013000400003&lng=pt&nrm=iss

Dutra ML, Prates PL, Nakamura E, Villela WV. A configuração da rede social de mulheres em situação de violência doméstica. Ciênc Saúde Coletiva. 2013[citado em 2017 jan. 15];18(5):1293-304. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csc/v18n5/14.pdf

Krenkel SM, Carmen LOO, Motta CCL. The significant social networks of women who have resided in shelters. Paidéia (Ribeirão Preto). 2015[citado em 2017 jan. 15];25(60):125-33. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/paideia/v25n60/1982-4327-paideia-25-60-0125.pdf

Lettiere A, Nakano AMS. Rede de atenção à mulher em situação de violência: os desafios da transversalidade do cuidado. Rev Eletrônica Enferm. 2016[citado em 2017 jan. 18];17(4). Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/32977

D'Oliveira AFPL, Schraiber LB. Mulheres em situação de violência: entre rotas críticas e redes intersetoriais de atenção. Rev Med (São Paulo). 2013[citado em 2017 jan. 15];92(2):134-4. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revistadc/article/view/79953

Goffman E. A representação do eu na vida cotidiana. 9ª ed. Petrópolis: Vozes; 1999.

Petitat A. Secret et morphogenèse sociale. In: Petitat A. Secret et formes sociales. Tradução de Maria Imaculada de Fátima Freitas para fins didáticos, com autorização do autor. Paris: PUF; 1998. p. 139-160.

Le Breton D. L'interactionnisme symbolique. Paris: Puf; 2004.

Castoriadis C. A instituição imaginária da sociedade. Tradução Guy Reynoud. 2ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra; 1982.

Driessnack M, Souza VD, Mendes IAC. Revisão dos desenhos de pesquisa relevantes para Enfermagem: part.2: desenhos de pesquisa qualitativa. Rev Latino-Am Enferm. 2007[citado 2017 jan 17];15(4). Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rlae/v15n4/pt_v15n4a25.pdf.

Demazière D, Dubar C. Analyser les entretiens biographiques: l'exemple de récits d'insertion. Paris: Nathan; 1997.

Blanchet A, Gotman A. L'enquête et ses méthodes: l'entretien. Paris: Nathan; 1992.

Senado Federal (BR). Secretaria de Transparência. Coordenação de Controle Social. Serviço de Pesquisa do Data-senado. Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Brasília: DATASENADO; 2015.

Menezes PRM, Lima IS, Correia CM, Souza SS, Erdmann AL, Gomes NP. Process of dealing with violence against women: intersectoral coordination and full attention. Saúde Soc. 2014[citado em 2017 jan. 15];23(3):778-86. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-12902014000300778&script=sci_arttext&tlng=en

Brigagão JIM, Santos FBP, Spink PK. A sustentabilidade e a continuidade de redes de articulação: o caso do Iluminar Campinas. Saúde Soc. 2016[citado em 2017 jan. 15];25(2):361-8. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v25n2/1984-0470-sausoc-25-02-00361.pdf

Sagot M. Ruta crítica de las mujeres afectadas por la violencia intrafamiliar en América Latina: estudios de caso de diez países. Washington: PAHO; 2000.

Silva RA, Araújo TVB, Valongueiro S, Ludermir AB. Enfrentamento da violência infligida pelo parceiro íntimo por mulheres em área urbana da região nordeste do Brasil. Rev Saúde Pública. 2012[citado em 2017 jan. 15];46(6):1014-22. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000600011

Boira S, Carbajosa P, Méndez R. Miedo, conformidad y silencio. La violência en las relaciones de pareja em áreas rurales de Ecuador. Psychosocial Intervention. 2016[citado em 2017 jan. 15];25(1):9-17. Disponível em: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1132055915000381

Visentin F, Vieira LB, Trevisan I, Lorenzini E, Silva EF. Women's primary care nursing in situations of gender violence. Invest Educ Enferm. 2015[citado em 2017 jan. 15]; 3(3): 556-64. Disponível em: http://www.scielo.org.co/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0120-53072015000300020

Abritta SD, Roque FCF, Ramos MEC. A importância do acolhimento e do aquecimento em grupos sem demanda no contexto da Justiça. Rev Bras Psicodrama. 2015[citado em 2017 jan. 15];23(2):6-15. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-53932015000200002

Publicado

05-03-2018

Como Citar

1.
Santos WJ dos, Freitas MI de F. Fragilidades e potencialidades da rede de atendimento às mulheres em situação de violência por parceiro íntimo. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 5º de março de 2018 [citado 1º de dezembro de 2024];21(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/49851

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>