Redes para o cuidado tecidas por idosa e família que vivenciam situação de adoecimento crônico

Autores

  • Geovana Hagata de Lima Souza Thaines Corrêa CuiabáMT, Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de Enfermagem , Grupo de Pesquisa Enfermagem, Saúde e Cidadania, Brasil
  • Roseney Bellato CuiabáMT, UFMT, FAEN , GPESC, Brasil
  • Laura Filomena Santos de Araújo CuiabáMT, UFMT, FAEN , GPESC, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.35699/reme.v18i2.50167

Palavras-chave:

Idoso, Família, Apoio Social

Resumo

O estudo teve por objetivo compreender como se compõem as redes de apoio e sustentação do cuidado tecidas pela família à pessoa idosa que reside sozinha e está em situação crônica de adoecimento. Estudo de caso de abordagem de qualitativa em que foi utilizada a história de vida focal e a entrevista em profundidade como estratégias metodológicas. Para organização e análise dos dados, utilizou-se o desenho da rede de sustentação e apoio tecida pela família e idosa, sendo esta uma das ferramentas que compõem o itinerário terapêutico. Os elementos ativos fazem parte da rede de sustentação da idosa e são constantes ao longo da experiência do adoecimento, pois seus familiares participam de modo contínuo do cuidado à idosa e se constituem por laços mais afetivos. Quanto à rede de apoio, foi considerada passiva por ser "acionada" pela família nas buscas por cuidado empreendidas. Cabe ressaltar que faz parte dessa rede o médico de confiança da idosa, que a atende durante 20 anos e com quem está desenvolve uma relação afetiva; mas não se caracteriza pelo conceito de vínculo em saúde, pois esta é tecida pela família e a idosa com o profissional responsável. Assim, concluiu-se que, mesmo com elementos passivos em sua rede de apoio, que por vezes se mostraram pouco eficazes no auxílio ao cuidado à saúde da idosa, a família apresenta posição favorável no cuidado à mesma, pois possui uma rede de sustentação sólida que permite que o cuidado aconteça mesmo que não coabitem a mesma residência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Brasil. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Síntese de

Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população

brasileira. Estudos e Pesquisas Informação Demográfica e Socioeconômica.

IBGE: Rio de Janeiro; 2010. 317 p.

Corrêa GHLST, Bellato R, Araújo LFS, Hiller M. Itinerário terapêutico de idosa

em sofrimento psíquico e família. Ciênc Cuid Saúde. 2012; 10(2):274-83.

Brasil. Lei nº. 10.741, de 10 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do

Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 03 out. 2003.

Reimpressão 2008. Sec. 1:56.

Duca GFD, Thumé E, Hallal PC. Prevalência e fatores associados ao cuidado

domiciliar a idosos. Rev Saúde Pública. 2011; 45(1):113-20.

Hiller M, Bellato R, Araújo LFS. Cuidado familiar à idosa em condição crônica

por sofrimento psíquico. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2011; 15(3):542-9.

Bellato R, Araújo LFS, Mufato LF, Musquim CA. Mediação e mediadores nos

itinerários terapêuticos de pessoas e famílias em Mato Grosso. In: Pinheiro R,

Martins PH. Rede de Pesquisa Multicêntrica “Incubadora da Integralidade –

redes e mediações”. Rio de Janeiro/Recife: CEPESC; 2011. p.177-83.

Portugal S. O que faz mover as redes sociais? Uma análise das normas e dos

laços. Rev Crít Ciênc Soc. 2007; 79:35-56.

Gerhardt TE, Bellato R, Araújo LFS, Costa ALRC, Duarte ED, Lopes TC. Critérios

sensíveis para dimensionar repercussões do cuidado profissional na vida de

pessoas, famílias e comunidades. In: Pinheiro R, Silva Jr AG, organizadores Por

uma sociedade cuidadora. Rio de Janeiro: CEPESC – IMS/UERJ – ABRASCO;

p. 293-306.

Bellato R, Araújo LFS, Faria APS, Costa ALRC, Maruyama SA. T. Itinerários

terapêuticos de famílias e redes para o cuidado na condição crônica: alguns

pressupostos. In: Pinheiro R, Martins PH, organizadores. Avaliação em saúde

na perspectiva do usuário: abordagem multicêntrica. Rio de Janeiro: CEPESC/

IMS-UERJ; 2009. p. 187-94.

Nepomuceno MAS, Bellato R, Araújo LFS, Mufato LF. Modos de tecitura

de redes para o cuidado pela família que vivencia a condição crônica por

adrenoleucodistrofia. Ciênc Cuid Saúde. 2012; 11(1):156-65.

Driessnack M, Sousa VD, Mendes IAC. Revisão dos desenhos de pesquisa

relevantes para enfermagem: parte 2: desenhos de pesquisa qualitativa. Rev

Latinoam Enferm. 2007; 15(4):183-7.

Minayo MCS. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde.

São Paulo: Hucitec; 2010. 407 p.

Brasil. DATASUS. Brasília: Ministério da Saúde. Departamento de Informática

do SUS – DATASUS. [Citado em 2010 nov. 15]. Disponível em: http://www2.

datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203

Bellato R, Araújo LFS, Faria APS, Santos EJF, Castro P, Souza SPS. A história de

vida focal e suas potencialidades na pesquisa em saúde e em enfermagem.

Rev Eletrôn Enferm. 2008; 10(3):849-56. [Citado em 2010 nov. 10]. Disponível

em: http://www.fen.ufg.br/revista/v10/n3/pdf/v10n3a32.pdf

Araújo LFS, Bellato, R. Itinerários terapêuticos na abordagem de experiências

de cuidado no ensino de enfermagem. Rev Referência. 2011; 2(supl.):492.

Costa ALRC, Figueiredo DLB, Medeiros LHL, Mattos M, Maruyama SAT. O

percurso na construção dos itinerários terapêuticos de famílias e redes para

o cuidado. In: Pinheiro R, Martins PH, organizadores. Avaliação em saúde na

perspectiva do usuário: abordagem multicêntrica. Rio de Janeiro: CEPESC/

IMS-UERJ; 2009. p. 195-202.

Portugal S. Contributos para uma discussão do conceito de rede na teoria

sociológica. Oficina do CES nº 271, março; 2007.

Rosa TEC, Benício MHA. As redes sociais e de apoio: o conviver e a sua

influência sobre a saúde. BIS. Bol Inst de Saúde 2009; 47:80-3. [Citado em 2010

nov. 15] Disponível em: http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/

BDPI/14139/art_ ROSA_As_redes_sociais_e_de_apoio.pdf?sequence=1.

Gerhardt TE. Situações de vida, pobreza e saúde: estratégias alimentares e

práticas sociais no meio urbano. Ciênc Saúde Coletiva. 2003; 8(3): 713-26.

Gerhardt TE, Ruiz EFN, Pinto JM, Burille A, Roese A, Riquinho DL. Atores,

redes sociais e mediação na saúde: laços e nós em um cotidiano rural. In:

Pinheiro R, Martins PH, organizadores. Usuários, redes sociais, mediações e

integralidade em saúde. Rio de Janeiro/Recife: CEPESC-IMS/UERJ-Editora;

p. 253-67.

Martins PH. A sociologia de Marcel Mauss: dádiva, simbolismo e associação.

Rev Crít Ciênc Soc. 2005; 73: 45-66.

Gerhardt TE, Riquinho DL, Rocha L, Pinto JM, Rodrigues ME. Reconhecimento

e estigma em uma comunidade rural: discutindo acesso, participação e

visibilidade de usuários em situação de adoecimento crônico. In: Pinheiro R,

Martins PH, organizadores. Avaliação em saúde na perspectiva do usuário:

abordagem multicêntrica. Rio de Janeiro: CEPESC/IMS-UERJ; 2009. p. 309-22.

Martins PH. De Lévi-Strauss a M.A.U.S.S. Movimento antiutilitarista nas

ciências sociais. Itinerários do dom. Rev Bras Ciênc Soc. 2008; 23(66):105-30.

Stafield B. Atenção primária: equilíbrio entre necessidades de saúde, serviços

e tecnologia. Brasília: UNESCO; 2002. 726p.

Santos AM, Assis MMA, Nascimento MAA, Jorge MSB. Vínculo e autonomia

na prática de saúde bucal no Programa Saúde da Família. Rev Saúde Pública.

; 42(3):464-70.

Franco Júnior AJ, Conrado MOM, Andrade DE, Mioto DE. A importância do

vínculo entre equipe e usuário para o profissional da saúde. Rev Investigação.

; 8(1-3): 11-8.

Hunt, P, Khosla R. Acesso a medicamentos como um direito humano.

Amparo T, tradutor. Rev Int Direitos Human. 2008; 5(8):98-115.

Campos CVA, Malik AM. Satisfação no trabalho e rotatividade dos médicos

do Programa de Saúde da Família. Rev Adm Pública. 2008; 2(2):347-68.

Gerhardt TE. Itinerários terapêuticos e suas múltiplas dimensões: desafios,

para a prática da integralidade e do cuidado como valor. In: Pinheiro R,

Mattos RA, organizadores. Razões públicas para a integralidade em saúde: o

cuidado como valor. 2ª ed. Rio de Janeiro: CEPESC – IMS/UERJ – ABRASCO;

p. 279-99.

Publicado

01-06-2014

Como Citar

1.
Corrêa GH de LST, Bellato R, Araújo LFS de. Redes para o cuidado tecidas por idosa e família que vivenciam situação de adoecimento crônico. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de junho de 2014 [citado 16º de novembro de 2024];18(2). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50167

Edição

Seção

Pesquisa

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.