A mulher que cuida do doente mental em família
DOI:
https://doi.org/10.35699/reme.v3i1.50999Resumo
O presente estudo tem o objetivo de compreender as dimensões singular, particular e geral da realidade da vida da mulher que cuida do doente mental em família. Justifica-se pela constatação da existência de pouca informação e discussão sobre o tema e pela importância da mulher cuidadora como parceira na consolidação da reforma psiquiátrica. Caracteriza-se como estudo qualitativo, descritivo-exploratório, cujo percurso metodológico se fundamenta no materialismo histórico-dialético como teoria e método. A sustentação teórico-metodológica do trabalho apóia-se em referências de autores que se aprofundaram no estudo e na aplicação do materialismo histórico-dialético. Os sujeitos da pesquisa foram 11 mulheres cuidadoras de doentes mentais adultos, entrevistadas em seus domicílios. Os instrumentos para coleta dos dados foram a entrevista e a observação. O tratamento dos dados foi feito através da aplicação da técnica de análise de discursos. Os resultados desta pesquisa revelaram uma mulher cuidadora, forte diante das dificuldades do cuidar do doente mental, porém fragilizada pela falta de suporte das instituições de saúde mental, pelo despreparo para lidar com o doente mental, pela desatenção à sua própria saúde e pela precariedade de condições materiais de vida, em alguns casos. Espera-se com este estudo, contribuir para que os profissionais da saúde, em especial enfermeiras/enfermeiros da saúde mental, possam aliar-se à mulher cuidadora, apropriar-se (com ela) do seu saber/fazer e cuidar dela ajudando-a a cuidar do doente mental.Downloads
Não há dados estatísticos.
Publicado
01-12-1999
Como Citar
1.
Gonçalves AM. A mulher que cuida do doente mental em família. REME Rev Min Enferm. [Internet]. 1º de dezembro de 1999 [citado 18º de novembro de 2024];3(1). Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/reme/article/view/50999
Edição
Seção
Resumo de Dissertacao