Vivência de mães de recém-nascidos com icterícia neonatal na fototerapia
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415.2762.20210043Palavras-chave:
Mães, Recém-Nascido, Icterícia Neonatal, FototerapiaResumo
Objetivo: analisar a vivência de mães de recém-nascidos com icterícia neonatal submetidos ao tratamento com fototerapia. Método: trata-se de pesquisa descritiva com abordagem qualitativa realizada em um hospital universitário do Nordeste brasileiro. A coleta de dados foi realizada no período de março a agosto de 2017, por meio de entrevista individual semiestruturada, com 20 mães de recém-nascidos diagnosticados com icterícia e em fototerapia no alojamento conjunto. Os dados foram analisados mediante a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Resultados: da análise emergiram três categorias temáticas - compreensão sobre a icterícia e a fototerapia, percepção do cuidar materno na fototerapia e apoio durante o tratamento de fototerapia. O apoio social, a fé, as atividades lúdicas e o otimismo pela recuperação foram elementos identificados como potencializadores para o enfrentamento do tratamento pelas mães. Por outro lado, o desconhecimento sobre a terapêutica, a preocupação com o estado de saúde do recém-nascido, o ambiente desconhecido com adiamento da ida para casa, o isolamento da família e a falha na comunicação com a equipe foram destacados elementos que dificultam o processo como fragilizadores. Conclusão: concluiu-se que as mães possuem déficit de informações a respeito da terapêutica do filho, o que influencia diretamente no período de internação, tornando-o conturbado e tendo efeito de insegurança no cuidar do filho, sendo a equipe de saúde o elemento essencial na transmissão de informações para inserir a mãe no cuidado ao neonato e estreitar laços entre eles.
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