Trabalho e desemprego entre pacientes com transtornos mentais
DOI:
https://doi.org/10.5935/1415.2762.20210012Palavras-chave:
Transtornos Mentais, Saúde Mental, Trabalho, Emprego, Desemprego, Reabilitação, Cuidados de EnfermagemResumo
Objetivo: identificar a prevalência de desempregados entre pessoas com transtornos mentais e analisar os possíveis preditores para o desemprego nessa população. Método: estudo quantitativo, descritivo, desenvolvido em um ambulatório de saúde mental. A amostra aleatória estratificada contou com 258 participantes e os dados foram coletados por meio das fichas de admissão considerando-se o período de 2012 a 2014. Empreenderam-se análises descritivas, bivariadas e de regressão logística. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Resultados: a maioria dos participantes era do gênero feminino e com baixo nível de escolaridade. O percentual de desempregados foi de 37%. Os fatores associados ao desemprego no grupo estudado foram sexo feminino e ter os transtornos esquizofrenia, retardo mental e transtorno de personalidade. Conclusão: o número de desempregados foi maior tanto em relação ao estimado na população brasileira quanto aos estudos prévios. Tendo em vista que o trabalho é um dos vértices da reabilitação psicossocial, pontua-se que a questão da capacidade funcional precisa ser priorizada no cuidado de saúde mental e na assistência de Enfermagem.
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