El peso de vivir en un cuerpo obeso
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-9389.2013.50204Palabras clave:
Obesidad, Cultura, Cirugía BariátricaResumen
El cuerpo ha atravesado transformaciones sociales a lo largo de la historia, en una cultura que moldea comportamientos, establece reglas y formas de convivencia, hasta ser considerado objeto de consumo: el cuerpo-ideal-delgado y saludable. Al mismo tiempo, la obesidad ha adquirido proporciones asustadoras en los índices epidemiológicos. Para adaptarse a esta lógica, las personas se someten a la cirugía bariátrica. En este estudio se intenta comprender, desde la experiencia de dos mujeres y una cuidadora, el significado y sentido de vivir en un cuerpo obeso. Se utilizó el enfoque cualitativo en base a los conceptos de la hermenéutica. El dialogo se efectuó a través de la historia de vida focal captada en las narraciones de las participantes, permitiendo llegar a dos categorías temáticas: el peso social de la obesidad - el cuerpo no es apenas peso físico y biológico sino también (principalmente) peso social; el renacimiento - el peso social es tan grande que, a pesar de todos los sufrimientos de la cirugía bariátrica, la vuelta a los límites normales asume el significado de renacimiento, con el sentido de inclusión social donde la imagen corporal es el "pasaporte para la felicidad". Se deduce que entender la lógica y la dinámica de las necesidades de salud de estas personas puede contribuir a la construcción de prácticas profesiones más éticas por rescatar el cuidado desde la perspectiva de quiénes viven la obesidad. Se recomienda considerar los conocimientos socio-antropológicos en la atención de personas obesas como aspecto importante en la reconstrucción de prácticas de salud para esta población.Descargas
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