Necropolítica como gestión del luto

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.35699/2525-8036.2022.39331

Palabras clave:

Necropolítica, Luto, Pérdida

Resumen

El artículo, de naturaleza bibliográfica, discute la necropolítica como un dispositivo de poder que no solo provoca la muerte, sino que busca impedir que el sufrimiento causado por la muerte produzca sensibilidad y conmoción en el espacio público, a través de una gestión del luto. La tese defendida es que el luto, más que un estado emocional de reacción a la pierda, es capaz de conducir a la tomada de conciencia de las relaciones de dominación y devolver el status de pérdidas humanas a las muertes que la necropolítica trata de invisibilizar. Inicialmente el artículo revisita la formulación del concepto de necropolítica en Achille Mbembe, mostrando como su alcance inicial puede ser agrandado para comprender el luto como objeto del control necropolítico. Posteriormente, el articulo retoma la reflexión freudiana sobre el luto como recuperación de la capacidad de vinculación con el mundo por la resignificación del objeto perdido. A continuación, reinterpreta las ideas de Freud a la luz los aportes ofrecidos por Judith Butler, sobre la distribución desigual de la condición de ser objeto de luto, y por Angela Harris, sobre el papel político de las emociones, para teorizar sobre la posibilidad de una experiencia del luto que funcione como un mecanismo de articulación política contra hegemónica. Por fin, el texto aborda algunos aspectos de la administración de la pandemia de covid-19 en Brasil como un ejemplo de la gestión necropolítica del luto y de las posibilidades de su subversión a la luz de los argumentos presentados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Heitor Moreira Lurine Guimarães, Universidade Federal do Pará

Graduando do Curso de Bacharelado em Direito pela Universidade Federal do Pará, Brasil. Foi bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica na Universidade Federal do Pará (PIBIC-UFPA) no período de agosto de 2019 a julho de 2020. Ganhador do Prêmio Horácio Schneider- Destaque de Iniciação Científica da UFPA em 2021. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-3676-614X. Contato: hguimaraes631@gmail.com.

Citas

ALMEIDA, Silvio Luiz. Necropolítica e neoliberalismo. Caderno CRH, v. 34, p. 1-10, e021023, 2021.

BENTO, Berenice. Necrobiopoder: quem pode habitar o Estado-nação? Cadernos Pagu, v. 53, p. 1-16, e185305, 2018.

BUTLER, Judith. Corpos em aliança e a política das ruas: notas para uma teoria performativa da assembleia. Trad. Fernanda Siqueira Miguens. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

BUTLER, Judith. Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? Trad. Sérgio Tadeu Lamarão e Agnaldo da Cunha. 5. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018.

BUTLER, Judith. Vida precária: os poderes do luto e da violência. Trad. Andreas Lieber. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.

BROWN, Wendy. Nas ruínas do neoliberalismo: ascensão da política antidemocrática no ocidente. São Paulo: Politeia, 2019.

DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. Trad. Mariana Echalar. São Paulo: Boitempo, 2016.

FOUCAULT, Michel. Em defesa da sociedade: curso no Collège de France (1975-1976). Trad. Maria Ermantina Galvão. 2.ed. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

FRANCO, Fábio Luis. Governar os mortos: necropolítica, desaparecimento e subjetividade. São Paulo: Ubu, 2021.

FREUD, Sigmund. O Eu e o Id, “Autobiografia” e outros textos. Trad. Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.

FREUD, Sigmund. Neurose, psicose, perversão (obras incompletas de Sigmund Freud, vol. 5). Trad. Maria Rita Salzano Moraes. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.

HARRIS, Angela P. Compaixão e Crítica. Tradução de Ana Luiza de Oliveira Pereira, Alba Fernanda Pinto de Medeiros, Mylla Cristina Henrique Bezerra Cardoso e Lucas do Couto Gurjão Macedo Lima. Revista Direito e Práxis. v. 12, n. 2, p. 1473-1498, 2021. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistaceaju/article/view/59786.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. Trad. Renata Santini. São Paulo: N-1, 2018.

RODRIGUES, Carla. O luto entre clínica e política: Judith Butler para além do gênero. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.

SAFATLE, Vladimir. Bem-vindo ao Estado suicidário. N-1 Edições. Disponível em: https://www.n-1edicoes.org/textos/23. Acesso em 08 de agosto de 2022.

SILVA, Lúcia Conceição; MORAIS, Eduardo Santos; SANTOS, Matheus S. Covid-19 e população negra: desigualdades acirradas no contexto da pandemia. Thema, v. 18, p. 301-318, 2020. Disponível em: https://periodicos.ifsul.edu.br/index.php/thema/article/ view/1814.

WERMUTH, Maiquel Angêlo Dezordi; MARCHT, Laura Mallmann; MELLO, Letícia. Necropolítica: racismo e políticas de morte no Brasil contemporâneo. Revista de Direito da Cidade v. 12, n. 2, p. 1053-1083, 2020.

Publicado

29-08-2022

Cómo citar

GUIMARÃES, H. M. L. Necropolítica como gestión del luto. Revista de Ciências do Estado, Belo Horizonte, v. 7, n. 2, p. 1–24, 2022. DOI: 10.35699/2525-8036.2022.39331. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revice/article/view/e39331. Acesso em: 27 jul. 2024.