Arquitetura radical em disputa
discussões sobre utopias entre o fim dos anos 1950 e início dos anos 1970
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-770X.2017.12608Resumo
O presente artigo investiga alguns empregos do termo “utopia” no campo da arquitetura e urbanismo, num período em que este foi especialmente movente e dissensual: o fim dos anos 1950 até o início dos anos 1970, no contexto europeu. Busca-se evidenciar a transformação de um imaginário arquitetônico que primeiramente concebeu sociedades nômades libertárias – em grande medida para uma sociedade pós-revolucionária – e culminou na reflexão do próprio campo arquitetônico como tendo contribuído para a formulação de sociedades distópicas, na qual indivíduos são voluntariamente enclausurados pela arquitetura. As promessas de nomadismo se converteram em limites reforçados pela arquitetura.