Aos destituídos, as cabeceiras
o lugar das favelas em Belo Horizonte
DOI:
https://doi.org/10.35699/2316-770X.2013.2692Palavras-chave:
Águas urbanas, Favelas, Produção social do espaçoResumo
Resultado das disputas capitalistas por terra, as favelas sempre se instalaram em áreas relegadas pelo mercado imobiliário formal, e em estreita relação com os cursos d’água. Tomando como contexto empírico a cidade de Belo Horizonte, este artigo discute a relação dialética entre água e favelas – fatores historicamente negligenciados e que apenas recentemente ganharam alguma prioridade nas políticas públicas. As favelas, embora representativas da precariedade e deficiências urbanas dos espaços reservados às classes destituídas, oferecem interessantes possibilidades de investigação e reflexão acerca de um padrão de urbanização já excluído da cidade formal, ancorado numa relação desalienada entre gente e água pela reincorporação à vida cotidiana dos cursos d’água despoluídos, desde as pequenas cabeceiras até os fundos de vales urbanizados.
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