Medo da morte e experiência do tempo

Autores

  • Michel Bitpol Centre National de la Recherche Scientifique - CNRS

DOI:

https://doi.org/10.35699/2316-770X.2016.2773

Palavras-chave:

Medo da morte, Tempo, Identidade

Resumo

O medo da morte é, naturalmente, o medo fundamental, isto é, o medo do qual praticamente todos os outros medos são derivados. O medo de envelhecer pode ser visto como o medo da aproximação da morte ou como o medo da quantidade de pequenas mortes preliminares. O medo do estrangeiro pode ser visto como o medo da morte da identidade cultural, constitutiva da identidade pessoal. O medo da guerra e do conflito pode ser visto como o medo vinculado à morte da identidade nacional, à morte dos próximos e à morte individual. O medo das catástrofes ambientais também é algo que pode ser visto como um medo sintético em relação à morte individual, à morte coletiva da humanidade, como também à morte de uma identidade ampliada de estar na natureza. Pretendo aqui discutir de que modo o medo da morte baseia-se nas ameaças sofridas à nossa própria identidade face à experiência do tempo.

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Biografia do Autor

Michel Bitpol, Centre National de la Recherche Scientifique - CNRS

Filósofo francês e pesquisador do CNRS nos Archives Husserl, da École Normale Supérieure, Paris. Ele doutorou-se em medicina em 1980, em física em 1985 e obteve habilitação para orientar pesquisas em filosofia em 1997.
Ele foi agraciado em 1997 com o prêmio Grammaticakis-Neumann da Académie des Sciences Morales et Politiques pelo seu trabalho em filosofia da mecânica quântica.

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Publicado

2017-06-05

Como Citar

BITPOL, M. Medo da morte e experiência do tempo. Revista da UFMG, Belo Horizonte, v. 23, n. 1 e 2, p. 20–35, 2017. DOI: 10.35699/2316-770X.2016.2773. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadaufmg/article/view/2773. Acesso em: 27 nov. 2024.

Edição

Seção

Artigos