v. 6 n. 1 (2025): Limiares destituintes: política, direito, teologia e linguagem (jan/jun 2025)
Traduções

A (im)potência do Direito em Giorgio Agamben

Vanja Grujic
Universidade Federal de Pernambuco
Biografia

Publicado 14-05-2025

Palavras-chave

  • Homo sacer,
  • potência,
  • vida feliz ,
  • Estado de exceção

Como Citar

GRUJIC, Vanja. A (im)potência do Direito em Giorgio Agamben. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 6, n. 1, p. e58353, 2025. DOI: 10.53981/destrocos.v6i1.58353. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/58353. Acesso em: 7 jul. 2025.

Resumo

Situado entre os poderes constituinte e constituído, o homo sacer revela o estado de exceção, que, por decisão soberana, é mantido dentro e fora da ordem jurídica. Os escritos políticos e filosóficos posteriores de Agamben fundamentam-se nesse conceito. Como vítima da soberania, o homo sacer expõe o paradoxo do poder soberano, critica seus alicerces e revela o vazio da lei. Contudo, para compreender a ideia de potência – um conceito central no pensamento de Agamben – é necessário olhar não apenas para além da soberania e do poder soberano, mas também para fora do próprio homo sacer. Este artigo propõe-se a investigar esse espaço, onde as potências tornam possível a implementação da lei, com o objetivo de alcançar condições de justiça e felicidade.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

  1. AGAMBEN, Giorgio. A comunidade que vem. Trad. Cláudio Oliveira. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
  2. AGAMBEN, Giorgio. Homo sacer: sovereign power and bare life. Stanford: Stanford University, 1998.
  3. AGAMBEN, Giorgio. Potentialities: collected essays in philosophy. Stanford: Stanford University, 1999.
  4. AGAMBEN, Giorgio. Profanations. New York: Zone Books, 2007.
  5. AGAMBEN, Giorgio. State of exception. Chicago: University of Chicago, 2003.
  6. AGAMBEN, Giorgio. The time that remains: a commentary on the letter to the Romans. Stanford: Stanford University, 2005.
  7. BADIOU, Alain. Saint Paul: the foundation of universalism. Stanford: Stanford University, 2003.
  8. BENJAMIN, Walter. Illuminations. Trad. Harry Zohn. New York: Schocken Books, 2007.
  9. BULTMANN, Rudolf. Theology of the New Testament: v. 2. Waco: Baylor University, 2007.
  10. COMISSÃO TEOLÓGICA INTERNACIONAL. A esperança de salvação para crianças que morrem sem batismo. Città del Vaticano: Santa Sé, 2007. Disponível em: https://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/cti_documents/rc_con_cfaith_doc_20070419_un-baptised-infants_po.html.
  11. DELEUZE, Gilles. Essays critical and clinical. London: Verso, 1998.
  12. DERRIDA, Jacques. The beast and the Sovereign: v. 2. Chicago: University of Chicago, 2011.
  13. DONAHUE, Luke. Erasing differences between Derrida and Agamben. Oxford Literary Review, Oxford, v. 35, n. 1, pp. 25–45, 2013.
  14. GRUJIC, Vanja. Law as affirmation of love and freedom. Ágoras: Revista Científica do G-Teia, v. 2, n. 1, pp. 64–72, 2022.
  15. MILLS, Catherine. Playing with law: Agamben and Derrida on postjuridical justice. South Atlantic Quarterly, Durham, v. 107, n. 1, pp. 15–36, 2008.
  16. MILOVIC, Miroslav. Direito como potência. São Paulo: Editora Metrics, 2023.
  17. SCHMIDT, Philipp. Der Terminus “Ausnahmezustand” nach Carl Schmitt in der Konzeption Giorgio Agambens: eine vergleichende Analyse. München: GRIN Verlag, 2004/2005.
  18. SCHMITT, Carl. Political theology: four chapters on the concept of sovereignty. Chicago: University of Chicago, 2005.
  19. WHYTE, Jessica. “I would prefer not to”: Giorgio Agamben, Bartleby and the potentiality of the law. Law and Critique, v. 20, pp. 309–324, 2009.