v. 2 n. 1 (2021): Dossiê - Outras vidas contra o espetáculo: o animal, a planta, a máquina e o alien (jan/jun 2021)
Dossiê especial

Azul profundo como embriologia cinematográfica e obliquação diagramática

Sebastian Wiedemann
Universidade Estadual de Campinas, Campinas, Brasil
Biografia

Publicado 25-08-2021

Palavras-chave

  • modos de experiencia cinematográficos,
  • ovos cinematográficos,
  • pedagogia radical,
  • aprendizagens mais do que humanas

Como Citar

WIEDEMANN, S. Azul profundo como embriologia cinematográfica e obliquação diagramática. (Des)troços: revista de pensamento radical, Belo Horizonte, v. 2, n. 1, p. 190–214, 2021. DOI: 10.53981/destroos.v2i1.34361. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistadestrocos/article/view/34361. Acesso em: 23 abr. 2024.

Resumo

Partindo da fabulação especulativa Azul Profundo, procuramos explorar neste texto as potencialidades pedagógicas implicadas nesta experimentação conceitual e cinematográfica a partir do dispositivo da “imagem-ovo”, como gesto de desaceleração dos processos de criação em favor de outras vidas, sempre menores que operam como modos de existência transitivos e processuais contra o espetáculo. Isto é, modos de experiência cinematográficos que através da “imagem-ovo” dão lugar a uma embriologia cinematográfica como obliquação diagramática de uma pedagogia radical. Disposições que afirmam maneiras outras de entrarmos em relação com as imagens e de estarmos em estado de co-aprendizagem constante e impessoal com elas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

  1. A RESPEITO de ensinar e aprender. Publicado por: Agenciamento. [S. l.], 2020. 1 vídeo (3:29:18 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=vIlZQkZbWjE&ab_channel=agenciamentos. Acesso em: 7 mar. 2021.
  2. AMORIM, Antonio Carlos Rodrigues de. Diagramas para um currículo-vida. Humanidades & Inovação, v. 7, n. 5, pp. 406-420, 2020.
  3. BERGSON, Henri. Materia y memoria. Buenos Aires: Cactus, 2006.
  4. CEDER, Simon. Towards a posthuman theory of educational relationality. New York: Routledge, 2020.
  5. COCCIA, Emanuele. Metamorfoses. Rio de Janeiro: Dantes Editora, 2020.
  6. DANOWSKI, Deborah; VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Há mundo por vir?. Desterro : São Paulo, SP: ISA, 2017.
  7. DE LANDA, Manuel. Deleuze, diagrams, and the genesis of form. American Studies, v. 45, n. 1, pp. 33-41, 2000.
  8. DEBAISE, Didier. Nature as event: the lure of the possible. Durham: Duke University Press Books, 2017.
  9. DEBAISE, Didier; STENGERS, Isabelle. The insistence of possibles: towards a speculative pragmatism. Parse Journal, v. 7, pp. 13-19, 2017.
  10. DELEUZE, Gilles. Diferença e repetição. Trad. Roberto Machado. São Paulo: Paz & Terra, 2018.
  11. DELEUZE, Gilles. Francis Bacon: lógica da sensação. Trad. José Miranda Justo. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
  12. DELEUZE, Gilles. Proust e os signos. 2. ed. Trad. Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
  13. DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil mesetas: capitalismo y esquizofrenia. Valencia: Pre-Textos, 1994.
  14. DELIGNY, Fernand. Œuvres. Paris: L’Arachnéen, 2007.
  15. FERRAZ, Silvio. Livro das sonoridades: notas dispersas sobre composição. [S. l.]: 7 Letras, 2005.
  16. GUIMARÃES ROSA, João. Primeiras estorias. 15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2008.
  17. HARAWAY, Donna. Staying with the trouble: making kin in the chthulucene. Durham: Duke University, 2016.
  18. HARAWAY, Donna; GANE, Nicholas. When we have never been human, what is to be done?. Interview with Donna Haraway. Theory, Culture & Society, v. 23, n. 7-8, pp. 135-158, 2006.
  19. HARNEY, Stefano; MOTEN, Fred. The undercommons: fugitive planning & black study. Wivenhoe: [s. n.], 2013.
  20. JAMES, William. Essays in radical empiricism. Mineola: Dover Publications, 2003.
  21. JAMES, William. The Ph.D. octopus. The Harvard Monthly, [s. l.], March, 1903.
  22. LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
  23. LISPECTOR, Clarice. A paixão segundo G.H. Edição crítica. 2. ed. Madrid: ALLCA XX, 1997.
  24. MACKENZIE, Scott; MARCHESSAULT, Janine. Process cinema: handmade film in the digital age. [S. l.]: McGill-Queen’s University, 2019.
  25. MANNING, Erin. 10 propositions for a radical pedagogy, or how to rethink value. Inflexions: A Journal for research creation, v. 8, Radical Pedagogies, pp. 202-210, 2015.
  26. MANNING, Erin. Always more than one: individuation’s dance. Durham: Duke University, 2013.
  27. MANNING, Erin. For a pragmatics of the useless. Durham: Duke University, 2020a.
  28. MANNING, Erin. Radical pedagogies and metamodelings of knowledge in the making. Critical Studies in Teaching and Learning, v. 8, n. SI, pp. 1-16, 2020b.
  29. MANNING, Erin. The minor gesture. Durham: Duke University, 2016.
  30. MANNING, Erin; MASSUMI, Brian. Thought in the act: passages in the ecology of experience. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2014.
  31. MASSUMI, Brian. O que os animais nos ensinam sobre política. Trad. Francisco Trento e Fernanda Mello. São Paulo: n-1 edições, 2017a.
  32. MASSUMI, Brian. Semblance and event: activist philosophy and the occurrent arts. Cambridge: MIT, 2013.
  33. MASSUMI, Brian. The principle of unrest: activist philosophy in the expanded field. London: Open Humanities Press, 2017b.
  34. NODARI, Alexandre. Alterocupar-se: obliquação e transicionalidade na experiência literária. Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, n. 57, pp. 1-17, 2019.
  35. NODARI, Alexandre. Lugar da escuta. In: SUB SPECIE ALTERITATIS. 10 nov. 2018. Disponível em: https://subspeciealteritatis.wordpress.com/2018/11/10/lugar-da-escuta-alexandre-nodari/. Acesso em: 7 mar. 2021.
  36. ORLANDI, Luiz. Arrastões na imanência. Campinas: Editora Phi, 2018.
  37. OSPINA POSSE, May Xué. La disolución del rostro o el reactivar de la bruja: tres ensayos existenciales sobre calderones contemporáneos. 2020. Tese – UNICAMP, Campinas, 2020.
  38. PACHILLA, Pablo. El mundo entero es un huevo: Ruyer, Deleuze y la genesis ideal como embriologia. In: Deleuze y las fuentes de su filosofía II. Buenos Aires: RAJGIF, pp. 43-51, 2015.
  39. PELBART, Peter. Contra os limites da linguagem, a ética da imagem. Princípios: Revista de Filosofia (UFRN), v. 27, n. 53, pp. 135-144, 2020.
  40. PELBART, Peter Pál. O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento. 2. ed. São Paulo: N-1 Edições, 2017.
  41. ROLNIK, Suely. Esferas da inssureição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: N-1 Edições, 2018.
  42. ROQUE, Tatiana. Sobre a noção de diagrama: matemática, semiótica e as lutas minoritárias. TRÁGICA: Estudos de Filosofia da Imanência, v. 8, n. 1, 2015. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/tragica/article/view/26805. Acesso em: 6 mar. 2021.
  43. RUYER, Raymond. Elements de psycho-biologie. Paris: PUF, 1946.
  44. SALDANHA, Rafael Mófreita. O fim do futuro: o tempo das metamorfoses – o que pode a filosofia?. 2018. Tese – UFRJ, Rio de Janeiro, 2018.
  45. SANTOS, Maria Fernanda Novo dos. Habitando mundos: leituras sobre individuação. 2018. Tese – UNICAMP, Campinas, 2018.
  46. STENGERS, Isabelle. A proposição cosmopolítica. Revista do Instituto de Estudos Brasileiros, n. 69, pp. 442-464, 2018.
  47. STENGERS, Isabelle. Introductory notes on an ecology of practices. Cultural Studies Review, v. 11, n. 1, pp. 183-196, 2005.
  48. STENGERS, Isabelle. No tempo das catástrofes. São Paulo: Cosac & Naify, 2015.
  49. STENGERS, Isabelle. Reativar o animismo. Cadernos de Leitura, v. 62, pp. 2-15, 2017.
  50. STENGERS, Isabelle; JAMES, William; DRUMM, Thierry. Une autre science est possible!. Paris: La Découverte, 2013.
  51. TSING, Anna Lowenhaupt et al. (org.). Arts of living on a damaged planet: ghosts and monsters of the anthropocene. Minneapolis: [s. e.], 2017.
  52. VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Ubu Editora, 2018.
  53. WHITEHEAD, Alfred North. Adventures of ideas. New York: The Free Press, 1967.
  54. WHITEHEAD, Alfred North. Process and reality. New York: The Free Press, 1978.