POR UMA UNIVERSIDADE MAIS DIVERSA

A POLÍTICA DE COTAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA

Autores

  • Raquel da Silva Silveira Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Raquel Guerreiro Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Leandro Peratz Gomes Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.35699/2318-2326.2021.25605

Palavras-chave:

Deficiência, Política de cotas, Extensão Universitária, Capacitismo

Resumo

O tema da deficiência ganha mais corpo e relevância no cotidiano das universidades a partir da política de cotas para pessoas com deficiência em 2016. A presença desses/as estudantes desafia os modos de estruturação da universidade. O objetivo deste artigo é relatar, a partir do ingresso do primeiro cotista por deficiência no curso de psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul [UFRGS], a criação do Coletivo de Extensão e Pesquisas Anticapacitistas [CEPAC] dentro de um programa de extensão. O referencial teórico metodológico é da Psicologia Social e Institucional, do Modelo Social da Deficiência, sob uma perspectiva interseccional de raça e gênero. Através de grupo de estudos e participação em aulas de graduação, o CEPAC tem discutido e difundido saberes sobre a deficiência no Instituto de Psicologia da UFRGS, despertando o interesse acerca deste tema. Destacamos a importância do tripé ensino-pesquisa-extensão para uma formação acadêmica crítica e transformadora.

Biografia do Autor

  • Raquel da Silva Silveira, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Professora do Curso de Psicologia

  • Raquel Guerreiro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul


    Doutoranda do PPG em Psicologia Social e Institucional

  • Leandro Peratz Gomes, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    Graduando de Psicologia

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Publicado

2021-07-14

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

POR UMA UNIVERSIDADE MAIS DIVERSA: A POLÍTICA DE COTAS PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E A EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA. Interfaces - Revista de Extensão da UFMG, [S. l.], v. 9, n. 1, p. 22–59, 2021. DOI: 10.35699/2318-2326.2021.25605. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/revistainterfaces/article/view/25605. Acesso em: 22 dez. 2024.