Publiée 2023-07-10
(c) Copyright Janaina de Moura Ramalho Araujo Ayres 2023

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Comment citer
Résumé
Na primeira metade do século XVIII a pintura ilusionista de forros no Brasil colonial teve sua primeira manifestação no Rio de Janeiro, cidade que já atraia crescente interesse pela proximidade com as minas auríferas e pela condição de cidade portuária, o que facilitaria a comunicação com a metrópole e a difusão dos gostos. Outros exemplares pictóricos foram surgindo ao longo desta colônia, nomeadamente na Bahia, Pernambuco e Minas Gerais, geralmente seguindo o formulário italianizado no tratamento da pintura de falsa arquitetura. Contudo, a ligação entre o Rio de Janeiro e a zona mineira se deu de modo particularmente especial pois a pintura pioneira de Caetano da Costa Coelho (atualmente o único exemplar remanescente no RJ), localizada nos forros da capela-mor e nave do templo dos terceiros franciscanos, só encontra pares similares quanto a composição quadraturística em Minas Gerais. Deste modo, a relação entre as duas regiões, os paralelos entre estas pinturas e os respectivos fazeres, a trajetória dos artistas e as possibilidades de assimilação de um “modo operacional peculiar” que ficou praticamente restrito a essas duas regiões merecem destaque.