Armando Reverón, Venezuela 1889–1954
mitopoética, rituais e a obra La Mantilla
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046..15447Resumo
Armando Reverón é um artista de grande importância na reafirmação de uma arte latino-americana modernista e contemporânea. Sua obra percorre a representação pictórica, acadêmica, desmaterializada e os limites da abstração no início do século XX. Suas representações performáticas envolvem sua obra objetual de uma tridimensionalidade presente em toda sua produção.
O processo da obra de Reverón começa, talvez, com um semi-isolamento, a criação de um espaço ou habitat como elemento fundamental para a criação dos seus objetos chamado El Castillete. É nesse espaço que é criada La Mantilla, objeto para o qual darei uma especial atenção neste texto. Assim, em uma linha conceitual serão fundamentais os conceitos teóricos definidos por Mircea Eliade em relação à definição de espaço sagrado e profano, hierofania, teofania e sinais. Para a definição dos valores e funções “dos objetos” serão utilizados os conceitos definidos por Walter Benjamim para os objetos de culto e artístico.
Este trabalho que apresento é um recorte de sua produção artística caracterizada por uma mitopoética, um ritual e obras materializadas. Inclusive, faz parte de uma pesquisa maior de mestrado que tem por título: “O Ritual como paradigma no processo e na criação plástica: um estudo comparando a produção artística de Armando Reverón (Venezuela, 1889–1954) e Arthur Bispo do Rosário” (Brasil, 1909-1989), orientada pela Profa. Dra. Maria do Carmo de Freitas Veneroso (Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais).
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