ENTRE A CAPITAL E O INTERIOR, A CONSTRUÇÃO E A DESTRUIÇÃO
A BOATE AZUL DE MARY VIEIRA E AS MARGENS DO PATRIMÔNIO
DOI:
https://doi.org/10.35699/2238-2046..15705Palavras-chave:
Mary Vieira, Restauro, Boate AzulResumo
O artigo discute a Boate Azul, projetada por Mary Vieira, e propõe uma narrativa a partir de três momentos distintos: sua construção (1947); sua destruição (2011); e sua ressignificação no projeto Boate Azul, desenvolvido por Pedro Vieira e Thiago Honório no Museu de Arte da Pampulha(2016). Uma narrativa que transita entre a capital, Belo Horizonte, e o interior Poços de Caldas; entre construções e destruições de obras, discursos e significados e; finalmente, entre o que é reconhecido ou não como patrimônio. Uma narrativa que não reclama sua inserção na universalidade mas, antes, busca lançar luz à sua marginalidade, articulando questões de restauro e da produção artística contemporânea.
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