A CLÍNICA DA ATIVIDADE E OS CRITÉRIOS DO TRABALHO BEM-FEITO

UM ESTUDO DE CASO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.35699/2238-037X.2024.53322

Palavras-chave:

Clinica da Atividade, Poder de agir, Agente comunitária de saúde

Resumo

O artigo apresenta um caso oriundo de uma intervenção em clínica da atividade. A análise coletiva da atividade culmina na construção de uma regra genérica sobre os critérios de um trabalho bem-feito. Essa regra possibilita a realização da qualidade do acompanhamento de saúde ao mesmo tempo que diminui o desgaste das profissionais na realização da atividade. Apresentamos os diálogos produzidos na intervenção, a analise linguageira dos extratos e sua discussão a partir da teoria da clínica da atividade. O estudo mostra como a análise coletiva da atividade de trabalho possibilita o desenvolvimento do poder de agir profissional.

Biografia do Autor

  • Matilde Agero Batista, Universidade Federal de São João del-Rei (UFJS)

    Doutora em Psicologia do Trabalho e Clínica da Atividade pelo CNAM (Conservatoire National des Arts e Métiers). Mestre em Psicologia pela UFMG. Graduação em Psicologia pela UFMG. Professora da UFSJ.

  • Yves Clot, Conservatoire National des Arts e Métiers

    Professor Doutor Emérito de Psicologia do Trabalho do CNAM (Conservatoire National des Arts e Métiers). Pesquisador do Centro de Pesquisa em Trabalho e Desenvolvimento (CRTD).

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Publicado

2024-12-29

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

A CLÍNICA DA ATIVIDADE E OS CRITÉRIOS DO TRABALHO BEM-FEITO: UM ESTUDO DE CASO. Trabalho & Educação, Belo Horizonte, v. 33, n. 3, p. 8–24, 2024. DOI: 10.35699/2238-037X.2024.53322. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/trabedu/article/view/53322. Acesso em: 14 mar. 2025.

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