The Ressaca site

materiality of Afro-Brazilian history omitted in the landscape of the capital paulista

Authors

DOI:

https://doi.org/10.31239/8mmr9382

Keywords:

Ressaca Site, Landscape, Afro-Brazilian heritage

Abstract

This article aims to explore methods for interpreting archaeological remains to better understand the historical processes of resistance and the abolitionist struggle in São Paulo during the late 19th century. To achieve this, the main house at the Ressaca site will be analyzed and reassessed through the lens of previously overlooked material evidence.

Located in the Jabaquara neighborhood of São Paulo, this building is listed among the “Casas Bandeiristas.” The term, coined by Luís Saia during the celebrations of the IV Centenary of the Foundation of the City of São Paulo, was intended to promote a grand vision of São Paulo's identity. The appropriation of the bandeirante (frontiersman) figure as a symbol of this identity began in the late 18th century and continues to contribute to the erasure of memories and representations of other groups, particularly Africans and people of African descent.

By examining historical data, geographical context, historical accounts, and features of the original structure of the main house, this study seeks to illuminate the social relations that give meaning to this archaeological heritage. In doing so, it aims to challenge long-standing narratives regarding the identity and representation of São Paulo's cultural heritage.

References

Agha, A. (2006). Place, place-making, and African-American archaeology. South Carolina Antiquities, 38(1-2), 53-66.

Arruda, J., Nascimento, M., & Campos, S. (2023). Bixiga e liberdade: a participação do povo negro na construção cultural dos bairros paulistanos. Esquinas. Revista Digital. Disponível em: <https://revistaesquinas.casperlibero.edu.br/cotidiano/o-que-e-invisivel/bixiga-e-liberdade-a-participacao-do-povo-negro-na-construcao-cultural-dos-bairros-paulistanos/>.

Belmonte (1977). No tempo dos bandeirantes. S.L.: Melhoramentos.

Carvalho, P. M., & Bastos, R. L. (2024). Sítio arqueológico do Quilombo Saracura: a insurgência do movimento negro pelo direito à memória na cidade de São Paulo. Revista de Arqueologia, 37(2), 81-101. DOI:10.24885/sab.v37i2.1159. DOI: https://doi.org/10.24885/sab.v37i2.1159

Francisco, R. R. (2018). A maçonaria e o processo de abolição em São Paulo. Dissertação (Doutorado). Universidade de São Paulo, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Departamento de História, São Paulo.

Francisco, R. R. (2020). Os heróis maçônicos na historiografia da abolição em São Paulo. História da Historiografia, 13(34), 271-302. DOI:10.15848/hh.v13i34.1599. DOI: https://doi.org/10.15848/hh.v13i34.1599

Francisco, R. R. (2022). A dinâmica abolicionista nas lojas maçônicas de São Paulo (1850-1888). Almanack, 32, 1-34. DOI:10.1590/2236-463332ea00521. DOI: https://doi.org/10.1590/2236-463332ea00521

Gusmão, N. M. (1995). Terra de uso comum: oralidade e escrita em confronto. Afro-Asia, 16, 116-132. DOI: https://doi.org/10.9771/aa.v0i16.20850

Hampaté Bâ, A. (2010). Tradição Viva. Em Ki-Zerbo, J. (ed.). História Geral da África I, metodologia e pré-história da África (pp. 167-212). Brasília: Unesco.

Hering, F. A. (2005). Arqueologia e nacionalismo na Europa do século XIX: a Grécia antiga e sua reativação moderna. Em Funari, P., Orser Jr., C. E., & Schiavetto, S. N. (eds.). Identidades, discursos e poder: estudos da arqueologia contemporânea (pp. 147-158). São Paulo: Annablume, Fapesp.

Hobsbawm, E. (2013). Sobre história. São Paulo: Companhia das Letras.

Hoehne, F. C. (1938). Cincoenta e uma novas espéciesde flora do Brasil e outras descrições e ilustrações. São Paulo: Arquivos de Botânica do Estado.

Homem, M. C. (1977). O Sítio Ressaca: pesquisa histórica. São Paulo: Pesquisa.

Homem, M. N. (1980). A Casa do Sítio da Ressaca. Em Rocha Filho, G. N. (ed.). O Sítio da Ressaca (pp. 30-85). São Paulo: FAU/ USP.

Irobi, E. (2012). O que eles trouxeram consigo: carnaval e persistência da performance estética africana na diáspora. Revista Projeto História, 44, 273-292.

Leone, M. (1995). A historical archaeology of capitalism. American Anthropologist, 97(2), 251-268. DOI: https://doi.org/10.1525/aa.1995.97.2.02a00050

Mancini, P. J. (2020). 13 de maio: a resistência das camélias e a abolição tardia. (E. debate, Produtor) Fonte: Outras Mídias/ Histórias e Memórias: Disponível em: <https://outraspalavras.net/outrasmidias/13-de-maio-a-resistencia-das-camelias-e-a-abolicao-tardia/>. [cons. 05 maio. 2020].

Mayumi, L. (2008). Taipa, canela-preta e concreto: estudo sobre o restauro de casas bandeiristas. São Paulo: Romano Guerra Editora.

Moura, R. M. (2004). No princípio era a roda: um estudo sobre samba, partido-alto e outros pagodes. Rio de Janeiro: Rocco.

Navarro, E. A. (2005). Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. São Paulo: Global.

Pereira, M. S. (2016). Em busca da cidadania: ex-escravos, negros, imigrantes e disputas por terra e trabalho no Jabaquara (Santos, 1880-1900). Revista África(s), 3(6), 106-130.

Pinheiro, L. B. (agosto de 2018). Do canto popular ao “ponto cantado”: canção popular e musicalidade afro-religiosa. MOUSEION, 30, 85-104. DOI:10.18316/mouseion.v0i30.4728. DOI: https://doi.org/10.18316/mouseion.v0i30.4728

Porto, A. R. (1992). História urbanística da cidade de São Paulo. São Paulo: Carthago e Forte.

Saia, L. (1944). “Notas sobre a arquitetura rural paulista do segundo século”. Revista do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 8, 211- 275.

Saia, L. (1955). A Casa Bandeirista: uma interpretação. São Paulo: Comissão do IV Centenário da cidade de São Paulo.

Saint-Hilaire, A. D. (1940). Viagem à Província de São Paulo e resumo das viagens ao Brasil, Província Cisplatinas e Missões do Paraquai. São Paulo: Biblioteca Histórica Brasileira.

Schwarcz, L. M. (1989). Os guardiões da nossa história oficial: os institutos históricos e geográficos brasileiros. São Paulo: Idesp.

Silva Leme, L. G. (1905). Genealogia Paulistana, vol. 8. São Paulo: Duprat & CIA.

Singleton, T. A. (2010). Liberation, and emancipation: constructing a postcolonial archaeology of the African diaspora. Em Lydon, J., & Rizvi, U. Z. (eds.). Handbook of Postcolonial Archaeology (pp. 185-198). Walnut Creek: Left Coast Press INC.

Smith, L., & Walterton, E. (2011). Heritage, communities and archaeology. London: Duckworth Debates in Archaeology.

Souza, K. S. (2018). As Colunas B e J. São Caetano do Sul: TCC de A.M. Loja Luz do Ocidente. Jurisdicionada ao Grande Oriente de São Paulo.

Souza, M. A. (2013). Por uma arqueologia da criatividade: estratégias e signiicações da cultura material utilizados pelos escravos no Brasil. Em Agostine, C. (org). Objetos da Escravidão. Abordagens sobre a cultura material da escravidão e seu legado (pp. 11-36). Rio de janeiro: 7 Letras.

Souza, R. L. (2007). A Mitologia Bandeirante: construção e sentimento. História Social, 11(13), 151-171. DOI: https://doi.org/10.53000/hs.v11i13.215

Suano, M. (1979). Relatório Final – Prospecção Arqueológica – Casa do sítio da Ressaca, SP. São Paulo.

Symanski, C. (2007). O Domínio da Tática: práticas religiosas de origem africana nos engenhos de Chapada dos Guimarães (MT). Vestígios. Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, 1(2), 7-36. DOI: https://doi.org/10.31239/vtg.v1i2.10728

Taunay, A. d. (1948). História Geral das Bandeiras Paulistas, vol. 11. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado.

Trigger, B. G. (2004). História do Pensamento Arqueológico. São Paulo: Odysseus Editora.

Zonzon, C. (2017). Nas Rodas da Capoeira e da Vida: corpo, experiência e tradição. Salvador: EDUFBA. DOI: https://doi.org/10.7476/9788523220334

Published

2025-07-30

How to Cite

The Ressaca site: materiality of Afro-Brazilian history omitted in the landscape of the capital paulista. (2025). Vestígios - Revista Latino-Americana De Arqueologia Histórica, 19(2), 113-134. https://doi.org/10.31239/8mmr9382