En los dominios de las entidades de las rocas
arqueología de las piedras de poder y devoción en Río de Janeiro y Salvador, siglos XIX al XXI
DOI:
https://doi.org/10.31239/vtg.v15i2.32436Palabras clave:
Arqueología de la Diáspora Africana, prácticas espirituales, piedras devocionalesResumen
Investigaciones arqueológicas y etnoarqueológicas realizadas respectivamente en la zona portuaria de Río de Janeiro y Gran Salvador han venido encontrando, en sitios asociados con africanos esclavizados y sus descendientes, evidencias de prácticas espirituales en las que algunas rocas tuvieron y continúan teniendo gran protagonismo. Este artículo presenta hallazgos de guijarros y cantos rodados en la llamada Pequeña África, un bastión de la población negra urbana cerca de Cais do Valongo, en contextos que sugieren devoción a las fuerzas sobrenaturales. Y, del mismo modo, en Salvador, guijarros y bloques que, una vez consagrados, son entendidos como materializaciones de esas fuerzas por los terreros de candomblé. Consideradas vivas, son divinizadas y adoradas aislada o colectivamente hasta el final de su ciclo de vida, momento en que son ritualmente desechadas. A pesar de distantes en el espacio y en el tiempo, ambos casos se discuten aquí juntos, dado que el pasado y el presente se alimentan mutuamente. Los hallazgos encontrados por la arqueología no solo demuestran la profundidad temporal de algunas prácticas actuales, sino que a través de ellas también es posible constatar que, a pesar del fuerte dinamismo de las religiones afrobrasileñas, se ha mantenido un núcleo fuertemente conservador, perceptible en la materialidad de estas prácticas. Sobre todo en los líticos, depositarios de devoción, empoderados por la fe.
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